quarta-feira, 23 de março de 2016

Mitologia grega Pandora


Origem

   Na mitologia grega, Pandora ("a que possui todos os dons", ou "a que é o dom de todos os
deuses") foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo.

   Pandora era a filha primogênita de Zeus que, aos 9 anos de idade, recebeu de presente de seu pai o colar usado por Prometeu que foi retirado dele ao pagar a sua pena por roubar o fogo dos deuses. Pandora, então, arranjou uma caixa para pôr seu colar, a mesma caixa em que ela guardou a sua mente e as lembranças de seu primeiro namorado, cujo nome era Narciso. A caixa podia apenas guardar bens de todo o tipo, com exceção de bens materiais. Como o colar era um bem material, ele se auto-destruiu.

   Para Pandora o colar tinha valor sentimental, o que a fez chorar por muitos dias seguidos sem parar. Como a caixa guardava lembranças com a intenção de sempre recordar-las ao "dono", Pandora sempre se sentia triste. Tentou destruir a caixa para ver se ela se esquecia do fato, mas não funcionou, a caixa era fruto de um grande feitiço, que a impedia de ser destruída. Pandora então, aos 36 anos, se matou. Não aguentou viver mais de 27 anos com aquela "maldição".




Caixa de Pandora

   A caixa de Pandora é uma expressão muito utilizada quando se quer fazer referência a algo que
gera curiosidade, mas que é melhor não ser revelado ou estudado, sob pena de se vir a mostrar algo terrível, que possa fugir de controle. Esta expressão vem do mito grego, que conta sobre a caixa que foi enviada com Pandora a Epimeteu.


   Pandora foi enviada a Epimeteu, irmão de Prometeu, como um presente de Zeus. Prometeu, antes de ser condenado a ficar 30.000 anos acorrentado no Monte Cáucaso, tendo seu fígado comido pelo abutre Éton todos os dias,alertou o irmão quanto ao perigo de se aceitar presentes de Zeus.


   Epimeteu, no entanto, ignorou a advertência do irmão e aceitou o presente do rei dos deuses, tomando Pandora como esposa. Pandora trouxe uma caixa (uma jarra ou ânfora, de acordo com diferentes traduções), enviada por Zeus em sua bagagem. Epimeteu acabou abrindo a caixa, e liberando os males que haveriam de afligir a humanidade dali em diante: a velhice, o trabalho, a doença, a loucura, a mentira e a paixão. No fundo da caixa, restou a Esperança (ou segundo algumas interpretações, a Crença irracional ou Credulidade). Com os males liberados da caixa, teve fim a idade de ouro da humanidade.





Interpretação

   Pode-se perguntar quanto ao sentido desta lenda: por que uma caixa, ou jarra, contendo todos os males da humanidade conteria também a Esperança? Na Ilíada, Homero conta que, na mansão de Zeus, haveria duas jarras, uma que guardaria os bens, outra os males. A Teogonia de Hesíodo não as menciona, contentando-se em dizer que sem a mulher, a vida do homem não é viável, e com ela, mais segura. Hesíodo descreve Pandora como um "mal belo" (καλὸν κακὸν/kalòn kakòn).


   O nome "Pandora" possui vários significados: panta dôra, a que possui todos os dons, ou pantôn dôra, a que é o dom de todos (dos deuses).


   A razão da presença da Esperança com os males deve ser procurada através de uma tradução mais acurada do texto grego. A palavra em grego é ἐλπίς/elpís, que é definida como a espera de alguma coisa; pode ser traduzida como esperança, mas essa tradução seguramente é arbitrária. Uma tradução melhor poderia ser "antecipação", ou até o temor irracional. Graças ao fechamento por Pandora da jarra no momento certo, os homens sofreriam somente dos males, mas não o conhecimento antecipado deles, o que provavelmente seria pior.


   Eles não viveriam o temor perpétuo dos males por vir, tornando suas vidas possíveis. Prometeu se felicita assim de ter livrado os homens da obsessão com a própria morte. Uma outra interpretação ainda sugere que este último mal é o de conhecer a hora de sua própria morte e a depressão que se seguiria por faltar a esperança.


   Um outro símbolo está inserido neste mito. A jarra (pithos) nada mais é que uma simples ânfora: um vaso muito grande, que serve para guardar grãos. Este vaso só fica cheio através do esforço, do trabalho no campo, seu conteúdo então simboliza a condição humana. Por conseqüência, será a mulher que a abrirá e a servirá, para alimentar a família.


   Uma aproximação deste mito pode ser feita com a Queda de Adão e Eva, relatada no livro do Gênesis. Em ambos os mitos é a mulher, previamente avisada (por Deus, na Bíblia, ou, aqui, por Prometeu e por Zeus), que comete um erro irremediável (comendo o fruto proibido, na Bíblia, ou, aqui, abrindo a caixa, ou jarra, de Pandora), condenando assim a humanidade a uma vida repleta de males e sofrimentos. Todavia, a versão bíblica pode ser interpretada como mais indulgente com a mulher, que é levada ao erro pela serpente, mas que divide a culpa com o homem.


   A mentalidade politeísta vê Pandora como a que deu ao homem a possibilidade de se aperfeiçoar através das provas e da adversidade (o que os monoteístas chamam de males). Ela lhe dá assim a força de enfrentar estas provas com a Esperança. Na filosofia pagã, Pandora não é a fonte do mal; ela é a fonte da força, da dignidade e da beleza, portanto, sem adversidade o ser humano não poderia melhorar.






quinta-feira, 17 de março de 2016

Mitologia grega Scylla

   Scylla ou Cilla em grego era uma ninfa que foi transformada em monstro marinho por ciumes.
Sua história começa quando Glauco um monstro marinho horrendo se apaixona pela maravilhosa ninfa Cilla, perdidamente apaixonado por sua beleza Glauco implora por sua atenção, mas por medo da aparência da criatura a ninfa se põe a fugir de tal forma que o monstro não à encontraria em nenhum dos quatro cantos do mundo ou nem mesmo percorrendo os sete mares. Desiludido e inconsolável Glauco procura por Circe uma feiticeira e pede sua ajuda a feiticeira promete ajuda, mas fica atraída por Glauco e se apaixona loucamente pelo monstro, sabendo do seu amor pela ninfa a bruxa encontra o local onde a ninfa costumava se banhar e coloca um feitiço na água quando a ninfa entra na água senti que algo esta estranho vê as bestas ao seu redor então pondo se a correr ela cai em si e percebe que as bestas fazem parte de seu corpo. Em suas lamúrias é encontrada por Glauco e corre para pedir sua ajuda, mas Glauco ao ver o monstro a qual a ninfa se transformará se afasta e diz que não a amará. A ninfa que já não era amada e já não possuía sua beleza, pôs se a esconder-se amargurada.

   E passou a aparecer a noite, nos portos da Grécia antiga, em forma de uma mulher coberta por um enorme véu em posição de oração. Quando os navegantes a viam, encantados por sua beleza, se aproximavam e no momento que estavam muito próximos, suas 6 bestas que se escondiam sobre o véu os atacavam, sendo elas: a águia, o lobo, a serpente, o morcego, o urso e a abelha. Esta foi a forma de vingança que Cila achou por não ter mais sua beleza e alguém que a amasse...
Dizem que quando Enéas estava retornando para a Grécia da guerra de Tróia, ao passar pelo estreito onde Scylla costumava ficar, ele a viu se transformando em um rochedo muito íngreme, tamanha era sua amargura, reza a lenda que até hoje o rochedo permanece no mesmo lugar.