domingo, 31 de janeiro de 2016

Demonio Baphomet

   Baphomet, Bafomete ou ainda Bafomé (bæfɵmɛt; do latim medieval Baphometh, baffometi, ocitano Bafomé) é um termo originalmente usado para descrever uma divindade supostamente adorada pelos Templários e, posteriormente, incorporado a tradições místicas ocultas desiguais. Ele apareceu a "Maomé", mas depois apareceu como um termo para um ídolo pagão em transcrições do julgamento da inquisição dos Cavaleiros Templários no início do século XIV. O nome apareceu pela primeira vez na consciência popular inglesa, no século XIX, com debates e especulações sobre as razões da supressão dos Templários.


   Pentagrama invertido, representa a cabeça de Baphomet
Muito embora várias tenham sido as suas supostas representações, a única possível imagem de Baphomet encontrada em um santuário templário consta de uma cabeça humana com três ou quatro faces, cada uma representando uma face de Deus ou de Hermes, como está no Convento de Cristo de Tomar. Na bruxaria, representa o deus Pã e, no Satanismo, representa Satã. Sua origem, porém, é pagã, sendo posteriormente adotado pelo Satanism.


História do Baphomet


   A história em torno do Baphomet foi intimamente relacionada com a da Ordem dos Templários, pelo Rei Filipe IV de França e com apoio do Papa Clemente V, ambos com o intuito de desmoralizar a Ordem, pois o primeiro era seu grande devedor e o segundo queria revogar o tratado que isentava os Cavaleiros Templários de pagar taxas à Igreja Católica.

   A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, também conhecida como Ordem do Templo, foi fundada no ano de 1118. O objetivo dos cavaleiros templários era supostamente proteger os peregrinos em seu caminho para a Terra Santa. Eles receberam como área para sua sede o território que corresponde ao Templo de Salomão, em Jerusalém, e daí a origem do nome da Ordem.

   Segundo a história, os Cavaleiros tornaram-se poderosos e ricos, mais que os soberanos da época. Segundo a lenda, eles teriam encontrado no território que receberam documentos e tesouros que os tornaram poderosos. Segundo alguns, eles ficaram com a tutela do Santo Graal dentre outros tesouros da tradição cristã.

Em 13 de outubro de 1307, sob as ordens de Felipe, o Belo e com a conivência do Papa Clemente V, os cavaleiros foram presos, torturados e condenados à fogueira, acusados de diversas heresias.

   O rei francês, nessa altura, acusava os templários de adorarem o diabo na figura que na realidade se chamava Baphomet. O Baphomet tornou-se o bode expiatório da condenação da Ordem pela Igreja Católica e da morte de templários na fogueira que se seguiu a isto.


Etimologia


   Não existe consenso quanto à etimologia da palavra "Baphomet". Segundo o arqueólogo austríaco

Joseph von Hammer-Purgstall, um não simpatizante do ideal templário e que em 1816 escrevera um tratado intitulado Mysterium Baphometis Revelatum, sobre os alegados mistérios dos Cavaleiros e do Baphomet, a expressão proviria da união de dois vocábulos gregos, "Baphe" e "Metis", significando "Batismo de Sabedoria". A partir desta conjectura, Von Hammer especula a respeito da possibilidade da existência de rituais de iniciação, onde haveria a admissão aos mistérios e aos segredos cultuados pela Ordem do Templo.

   A origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas especulações podem ser feitas, desde uma composição do nome de três deuses: Baph, que seria ligado ao deus Baal; Pho, que derivaria do deus Moloch; e Met, advindo de um deus dos egípcios, Set. Outra teoria nos leva a uma corruptela de Muhammad (Maomé - o nome do profeta do Islã), até Baph+Metis do grego "Batismo de Sabedoria".

   A palavra "Baphomet" em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para "sabedoria".

   Todavia ainda existem fontes que afirmam uma outra origem do termo. Segundo alguns, o nome veio da expressão grega Baph-Metra( mãe-Metra ou Meter-submersa; Baph-em sangue. Ou seja, a Mãe de sangue, ou a Mãe sinistra). Grande parte dos historiadores que afirmam essa versão se baseiam no fato que o culto à cabeça está relacionada com conjurações de entidades femininas.

   Teorizou-se simbolicamente que o Baphomet é fálico, já que em uma de suas míticas representações há a presença literal do falo devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da vulva).

   Há também quem tenha inclusive afirmado que a figura do Baphomet estava relacionada com as virgens que apresentavam anomalias em seus bustos. E que as virgens de 3 mamilos e as virgens de apenas 1 seio eram tatuadas com a cabeça do Baphomet para que nenhum homem pudesse tocá-las. Diziam que as mulheres com tais anomalias genéticas eram amaldiçoadas.



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Demonio Belial


   Belial é um personagem da mitologia cananita que determinava este Belial como o adversário do

povo "escolhido". É o 68º espírito listado na Goetia. No Cristianismo Belial é mencionado também no novo testamento como o oposto da luz, do bem e de Jesus Cristo. Seria o mais importante demônio na Terra, que comandava as forças da escuridão contra os homens de bom coração. Criado junto com Lúcifer, de Belial foi dito - Um rei do inferno - e comandante de 80 legiões.






Referencia góticas


   Belial ou Beliel é o Rei-Comandante de Sheol (parte das regiões infernais). Na demonologia cristã, é reconhecido como um antigo Anjo da Virtude, que após a queda junto com Lúcifer, foi
transformado no demônio da arrogância e da loucura, ocupava o posto que agora pertence a Arcanjo São Miguel. Também é responsável pela luxúria, e foi por sua causa que as cidades de Sodoma e Gomorra caíram em tentação. Ele aparece na forma de dois anjos sentados em uma carruagem de fogo.

Etimologia

   Belial (também conhecido como Belhor, Baalial, Beliar, Beliall, Belu, Beliel; do idioma hebreu, - (Significado:sem valia, ou "rebelde"). Em livros antigos dos judeus, as crianças não circuncidadas eram alcunhadas como "filhos de Belial".
Bliyaal בליעל
temos
 
   A etimologia para seu nome é incerta. Alguns estudiosos verteram diretamente do hebreu como "sem valor" (Beli yo'il), enquanto outros traduziram como "não escravizado" (Beli ol), "O que não tem derrotas" (Belial) ou "nunca vencido" (Beli ya'al). No Evangelho de Bartolomeu que "Em primeiro lugar eu era chamado Satanel, que era interpretado como mensageiro de Deus, mas quando rejeitei a imagem de Deus, meu nome foi mudado para Satanás, que é o anjo que guarda o Inferno"[2] . Apenas alguns poucos etimologistas assumiram essas transcrições literais como origem de suas pesquisas.






segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

As Onze Regras Satânicas da Terra



1. Não dê sua opinião ou conselho, se a pessoa não pediu.

2. Não de importância as angustias ou problemas, alem do que verdadeiramente necessário.

3. Quando encontrar outra pessoa mostre-lhe respeito, ou do contrario não a encontre nunca mais.

4. Se alguém o contrariar, ou lhe tratar como um animal trate-o cruelmente e sem piedade.

5. Não faça uma investida sexual, amenos que o sinal seja dado.

6. Não de o que não é seu principalmente se isso for dar uma carga para outra pessoa, e venha lhe provocar dissabores.

7. Reconheça o poder da mágica que você empregou com sucesso para obter o seu desejo. Se você renegar o poder da magia depois de uma sessão, perderá tudo o que você conquistou.

8. Não se queixe de que não seja verdadeiramente importante.

9. Não faça mal nenhum às crianças.

10. Não mate os animais, salvo sei for para se defender ou alimentar-se.

11. Quando sair não perturbe uma pessoa, se alguém lhe perturbar detalhe para parar, se ele continuar perturbando, tome uma providencia para que ele nunca mais o faça.


Fonte:  http://www.apsatanismo.org/Teoria/regras.htm
Escrito Por: Anton Szandor LaVey


                                     Confira o vídeo abaixo sobre as regras







sábado, 23 de janeiro de 2016

Saiba Tudo Sobre DeepWeb

FONTES: SitesBright Planet,World Wide Web SizeeAnonymous, livrosTheDeep Web: Surfacing Hidden Value, de Michael K. Bergman, eSampling the National Deep, de Denis Shestakov

O que é a DeepWeb ?


   Expressões como "DeepWeb" ou "surfar/navegar na web" vêm da percepção da internet como um oceano. Os sites que você acessa normalmente seriam como a superfície desse mar. Esses endereços contêm dados reconhecidos (e catalogados) pelos buscadores, facilitando o acesso de qualquer usuário. Mas nem o "todo-poderoso" Google encontra 100% do conteúdo da internet...

   Existem páginas "fechadas" que um mecanismo de busca tradicional não consegue achar. Elas podem ser, por exemplo, uma área de um site comum restrita com login e senha. Ou pertencer à rede interna de uma empresa. Ou são endereços escondidos propositadamente dos buscadores, com endereços bizarros. Todo esse conteúdo inacessível é aDeep Web("internet profunda")

   O termo Deep Web foi usado pela primeira vez pelo especialista Michael Bergman em 2000, quando ele apontou a incapacidade dos motores de busca de indexar essas páginas. Em geral, esses sites são gerados dinamicamente e criptografados (ou seja, codificados para gerar maior segurança). Estima-se que a Deep Web seja 500 vezes maior que a internet catalogada

   Como boa parte do conteúdo nessas "profundezas" está encriptado, é preciso ferramentas diferentes para acessá-lo. Um navegador bastante usado para acessar na Deep Web é o Tor. Sua origem não tem nada de "maligna": ele foi desenvolvido nos anos 90 por matemáticos da Marinha norte-americana para proteger as comunicações de inteligência do país

   A intenção de esconder conteúdos era até positiva: proteger informações confidenciais, como as de um governo ou de uma empresa. O problema é que esse anonimato atraiu praticantes de atividades ilegais, como tráfico de drogas e armas, fraudes e pedofilia. Tudo isso constitui um setor específico e assustador da Deep Web: a Darknet ("rede sombria")


Todo site na DeepWeb é maligno?



   O sigilo é essencial para driblar a censura em países onde a internet é controlada, como o Irã e a China. Nesta última, por exemplo, 80% das newsletters da Human Rights Watch (ONG que fiscaliza direitos humanos) são enviadas dessa maneira, para proteger os destinatários. Durante as revoltas iranianas em 2009, o total de usuários locais na Deep Web triplicou

   "Não dá para subestimar a importância do navegador Tor para o Wikileaks", declarou o fundador do site, Julian Assange, à revista Rolling Stone. O site, usado para vazar denúncias e informações sobre governos, surgiu na Deep Web e pretendia ficar por lá. Mas a confirmação de vários dados divulgados e o aumento dos page views forçaram sua indexação nos buscadores

   Muitas universidades do mundo todo mantêm seus bancos de dados nas profundezas secretas da web. Nela, é possível encontrar mecanismos específicos de busca para conteúdo das bibliotecas de várias instituições, como a Universidade da Califórnia e Oxford. Há sistemas de pesquisas específicos por temas, como medicina, ciências e negócios

   O FBI estima que a espionagem industrial custa, ao ano, US$ 13 bilhões aos EUA. Nesse cenário, não dá para empresas usarem a net comum para enviar dados. "É o caso das montadoras de carros, cujos produtos podem passar anos em fase de planejamento e suas peças podem ser produzidas em vários países", diz Ilya Lopes, especialista de Awareness Research da Eset Brasil

   As revoltas brasileiras de junho de 2013 também tiveram um pezinho na Deep Web. É por ela que se comunicam os ativistas do Anonymous, que mobilizaram muitas manifestações. Esse grupo, que atua internacionalmente desde 2003, exige anonimato (daí seu nome e o uso da máscara de Guy Fawkes) e alega combater instituições que controlam a liberdade


Como ela torna a navegação secreta?



1. Tor, na verdade, é uma sigla para "The Onion Router" ("O Roteador Cebola"). Assim como esse vegetal, a navegação do usuário é dividida em várias "camadas", em vez de traçar uma rota direta entre computador e servidor final. É como se você fizesse um caminho mais longo e maluco da escola até sua casa para evitar que alguém o seguisse

2. O navegador que libera a conexão à rede Tor tem várias funções de segurança - como ocultamento de IP (número que identifica seu computador) e bloqueio de conteúdos com Flash e JavaScript. Antes de enviar a mensagem do usuário, o Tor primeiro a torna criptografada, ou seja, a converte num código. Então, repassa-a para a rede Tor

3. A rede Tor é formada por uma cadeia de quatro pontos: você, uma porta de entrada (que varia sempre), vários distribuidores (os "relay nodes") e a porta de saída. A cada distribuidor que a informação é repassada, ela é recriptografada. E cada relay node só conhece um "trecho" do caminho: quem enviou o dado para ele e para quem ele o enviará

4. Todo esse jogo de passa e repassa acaba tornando o uso do Tor mais lento que o de um navegador comum. E a rota completa muda a cada dez minutos. Só o último participante, o da porta de saída, é quem envia a informação de volta à internet de superfície, rumo ao servidor final. Nesse ponto, portanto, ela se torna novamente vulnerável à interceptação


Quais os piores crimes que ocorrem lá?


   O anonimato atrai todo tipo de crime, criando o beco sujo da Deep Web: a Darknet. Em um documentário da Vice, um traficante alemão a classificou como um sistema prático e confiável para vender armamentos. Lá, dá para encontrar desde facas e revólveres até explosivos e rifles, como o Bushmaster M4, das forças armadas afegãs. Um fuzil AK 47 sai por US$ 2,8 mil. O maior site desse tipo tem cerca de 400 itens à venda

   Em fóruns da internet profunda, é fácil encontrar referências a um tal Mr. Mouse ("Senhor Rato") e seus "Disney Dollars". Não é dinheirinho fofo para usar no Magic Kingdom, não: são notas falsificadas de US$ 20, 50 e 100. Ele garante que o dinheiro consegue até mesmo passar no teste que comerciantes realizam para diferenciar uma cédula falsa de uma verdadeira

   Uma jornalista do The Guardian usou nome falso para comprar 1 g de maconha, por 1,16 bitcoin. Em dois dias, a erva chegou à sua casa, em Londres, em um envelope. Segundo ela, os sites de drogas na Darknet são tão organizados quanto o eBay ou o Airbnb na net comum. Os tóxicos são até separados por preço, qualidade, origem e efeitos

   O jornal australiano The Newcastle Herald relatou o caso de um adolescente de 16 anos que solicitou uma carta de motorista falsificada por US$ 140. Ele recebeu a encomenda três dias depois. Uma identidade norte-americana sai por volta de US$ 1.000 e a britânica, por cerca de 2,6 mil libras. Também são vendidos passaportes falsos de várias nacionalidades

   Em dezembro de 2013, dados referentes a 40 milhões de cartões de crédito foram roubados por uma falha de segurança durante a "black friday", tradicional data de ofertas nos EUA, após o feriado de Ação de Graças. Adivinhe onde essas informações foram vendidas? Sim, em lotes na Deep Web, facilitando a vida de fraudadores no mundo todo

   Provavelmente, o conteúdo mais chocante da Darknet são os filmes e fotos de pornografia infantil. Segundo a ECPAT, uma coalizão internacional de organizações da sociedade civil que luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, há até mesmo streaming de vídeos ao vivo em que crianças são coagidas a realizar atos sexuais


Jornal diz que eles também estão lá, mas especialistas acham que o periódico foi enganado


   O jornal britânico Daily Mail publicou uma vasta matéria sobre assassinos de aluguel na Deep Web, inclusive com declarações chocantes coletadas em sites que os agenciavam (vide abaixo). Mas especialistas acreditam que as páginas podem ser falsas. Os preços, por exemplo, seriam impraticáveis em bitcoin (10 mil libras por uma morte nos EUA, 12 mil por uma na Europa). Além disso, esse tipo de profissional utilizaria preferencialmente sites temporários, correndo menos risco de ser pego pela lei.

   Algumas das supostas confissões reunidas pelo Daily Mail em sites da Darknet:

- "Sempre faço meu melhor para que a morte pareça um acidente ou suicídio"

- "Não tenho mais empatia por seres humanos"

- "O melhor lugar para colocar seus problemas é num túmulo"

- "Matar é errado. Mas, como essa é uma direção inevitável da evolução tecnológica, prefiro que eu mesmo faça, não outra pessoa"


Quais criminosos já foram presos?


   O maior site de drogas da Deep Web, o Silk Road ("Rota da Seda") foi fechado em outubro de 2013 pela polícia federal dos EUA. O portal era como um eBay de atividades ilícitas. Seu comandante, o norte-americano Ross W. Ulbricht, de 30 anos, foi preso. Outros oito envolvidos também foram detidos e 29,6 mil bitcoins foram apreendidos

   Mais de 660 suspeitos de pornografia infantil foram presos após uma investigação de seis meses liderada pela Agência Nacional de Crimes da Grã-Bretanha, em agosto de 2014. Apenas 39 já tinham antecedentes criminais relacionados a sexo - ou seja, 94% dos suspeitos estavam fora do radar da polícia. Mais de 400 crianças foram resgatadas e receberam proteção policial

   Agentes da polícia holandesa se passaram por usuários querendo encomendar um assassinato - e assim conseguiram evidências para fechar o Utopia, site que vendia armas, drogas e serviços ilícitos, poucos dias após seu lançamento, em fevereiro de 2014. Cinco homens foram presos: um deles na Alemanha, onde era baseado o site, e o restante na Holanda

   Em outubro de 2014, após uma operação coordenada em 17 estados brasileiros e no Distrito Federal, a polícia prendeu 51 pessoas suspeitas de crimes de pedofilia na Deep Web. A iniciativa envolveu cerca de 500 agentes e, entre os investigados, havia empresários, padres e até outros policiais. Ao menos seis crianças foram resgatadas de abuso ou estupro iminente

   O jovem russo Aleksandr Andreevich Panin, de 20 anos, foi preso em março de 2014 por desenvolver o SpyEye, um dos vírus de computador mais destrutivos já lançados, e comercializar versões "customizadas" a criminosos virtuais. O software infectou mais de 1,4 milhão de computadores, recolhendo credenciais de contas bancárias, números de cartões e senhas


Quais os piores boatos sobre a DeepWeb?


   Nesse setor da internet, seria finalmente possível encontrar snuff movies, filmes em que o ator é morto de verdade diante das câmeras. Mas os vídeos associados são apenas tosqueiras com bons truques de cena. Ainda não há comprovação da existência de snuff movies, mesmo fora da web.A lenda urbana em torno deles surgiu nos anos 70, quando o distribuidor Allan Schakleton criou um novo desfecho para Massacre, fracasso de bilheteria lançado em 1972. Ele rebatizou o filme como Snuff, espalhou o boato de que a atriz realmente morria na cena final, e pronto: uma galera acreditou e fez filas pra ver a trasheira

   Quem imaginou que uma imagem de manequins do famoso Museu de Cera de Madame Tussaud seria usada para afirmar que humanos estavam sendo decapitados na Deep Web? A foto foi clicada após um incêndio que ocorreu em 19 de março de 1925 e danificou braços, cabeças e outros detalhes dos bonecos. Bastou uma legenda esperta para a galera se borrar

   Supostamente, o governo dos EUA detém evidências fotográficas de eventos sobrenaturais, guardadas a sete chaves para não causar pânico no público. Mas alguém teria vazado algumas delas, que mostram pessoas sem rosto em meio a multidões. Nada a ver: são montagens inspiradas em uma ação publicitária da Lotus, de 2008

   O enredo é digno de filme de terror: cirurgiões estariam adquirindo crianças de 8 a 10 anos em orfanatos ou famílias miseráveis para transformá-las em bonecas sexuais vivas. Braços e pernas seriam trocados por membros de silicone e cordas vocais por borracha. A aberração seria vendida na Darknet, mas a balela tem várias incongruências. O gasto com tais cirurgias (incluindo os casos que não dariam certo) seria superior ao preço de venda das bonecas (supostamente, US$ 40 mil). Além disso, alega-se que as cobaias vêm do Leste Europeu, mas lá há uma burocracia pesada para se retirar uma criança

   A existência ou não de assassinos de aluguel na web secreta é controversa. Alguns boatos são risíveis, exagerando na descrição da morte e no preço do serviço. Um alega que metade do pagamento é antecipado, e a outra metade, feita no local do crime - o que não faz sentido, porque o contratante corre o risco de se incriminar

   A "garota-demônio", também popular entre blogueiros que acreditam em qualquer conteúdo "vindo da Deep Web", na verdade é uma obra de 1999 do chinês Zhu Ming. Considerado um dos grandes expoentes da vanguarda asiática, ganhou fama com performances com enormes bolhas de plástico ao redor do mundo.

   Circula a informação de que foi pela Deep Web que, em 2001, o engenheiro de software alemão Bernd Jürgen Brandes se dispôs voluntariamente a ser comido pelo canibal Armin Meiwes, num crime que chocou a opinião pública na época. Meiwes amputou o pênis da vítima, ambos comeram a "iguaria", e Brandes morreu pouco depois. Mas o contato entre eles rolou na rede comum

   A qualidade técnica e artística desta imagem já devia deixar claro: é uma obra profissional, não um flagra amador de algum ritual demoníaco! A autora é a fotógrafa ucraniana Olia Pishchanska, que usa cenários de sua terra natal em ensaios com um tom sinistro, cheios de climão.

   Outra "apropriação indébita" da sétima arte: imagens "vazadas" junto a uma longa descrição sobre horríveis experimentos científicos realizados em cobaias humanas são cenas de A Centopeia Humana 2 (2011). Só de ler o texto já dá pra desconfiar: está cheio de erros de grafia e o autor tem péssimo conhecimento de ciência ou medicina

   Esta e outras fotos do Museu Imperial da Guerra, de Londres, mostram adultos e crianças usando máscaras de gás no início da 2ª Guerra Mundial - medida preventiva diante de um possível ataque alemão com gases tóxicos, como rolou na 1ª Guerra Mundial. Não tem nenhuma relação com "operações macabras secretas", como alegam na Deep Web

   Outro engraçadinho tentou justificar a existência de crianças assassinas na Darknet com uma foto do suspense Os Filhos do Medo (1979). O filme é dirigido por David Cronenberg, expert em bizarrices cinematográficas, como A Mosca (1986) e eXiztenZ (1999). Na trama, crianças deformadas cometem crimes perturbadores

   Garotas com dons telecinéticos? Possuídas pelo demônio? Envolvidas com bruxaria? Tente algo mais inocente: bailarinas. A foto é de uma performance organizada por Pina Bausch (1940-2009), considerada uma das mais influentes artistas da dança moderna. O espetáculo se chama Barbe Bleue, é de 1977 e está no YouTube.

   Outra foto "extraída" das profundezas escuras supostamente prova a existência de extraterrestres. Os norte-americanos teriam até conduzido uma autópsia em um deles, nos laboratórios secretos da Área 51. Nada a ver: a imagem é de um animatronic (robô que simula movimentos) feito pelos estúdios Disney para um pavilhão da Feira Mundial de Nova York de 1964

   Esse rumor é uma variante dos "snuff movies": em vez de vídeos com morte de atores, a área obscura da rede mundial de computadores teria lutas reais até a morte, transmitidas ao vivo via streaming para fãs e apostadores. Os "gladiadores" lutariam entre si e até com animais selvagens. Mas, mais uma vez, não há provas concretas da existência desses eventos



                                   Video que retiramos da DeepWeb confira :






Origem e Lenda do Conde Drácula

   Aqui está uma lista de itens essenciais para quem quer conhecer o castelo do Conde Drácula na
Romênia: passaporte em ordem, malas arrumadas, bateria da máquina fotográfica carregada, mapa da Transilvânia e um kit com alho e crucifixo para garantir. Agora a pergunta: um desses itens será completamente inútil nesta viagem. Adivinha qual é?

   Jogue fora o guia da Transilvânia, ou recalcule a rota no GPS para o pequeno vilarejo de Arefu, no condado de Curtea de Arges, a cerca de 180 km de Bucareste, a capital romena.

   Foi lá que o Vlad III Dracul, que era conde, mas fazia papel de príncipe, defendeu seu território contra ataques do Império Otomano no século 15. Na época, ele era governador da Valáquia, uma província que ocupava quase todo o sul da Romênia. Apesar de ter resistido bravamente durante anos - o que evitou que os turcos avançassem por aquela região da Europa - ele acabou derrotado pelos otomanos. Não sem antes ter matado, de forma cruel, dezenas de milhares deles, e construído uma reputação tão eterna quanto a pós-vida de um vampiro.

A lenda

 
    Essa história de sugar o sangue e a vitalidade dos outros é uma lenda velha, que existe desde a
Antiguidade. Não dá pra saber se algum dia a prática deixou de ser lenda. Se depender de Vlad III, a mania de chupar sangue alheio continua fazendo parte da ficção. Ele era cruel, é verdade. Mas sua prática favorita era o empalamento. Funciona assim: você pega uma estaca de madeira de mais ou menos uns três metros, introduz em posição vertical no ânus do seu inimigo e o assiste deslizar lentamente estaca abaixo até a morte por horas. Ou dias. Muita gente morreu desse jeito nas mãos de Vlad, inclusive conterrâneos que se viravam contra a corte. A fama era tanta que o conde ganhou um sobrenome-apelido: "Tepes"- literalmente "empalador", em romeno.

   A crueldade do conde, que seus inimigos políticos ajudaram a propagar, serviu de inspiração para o escritor irlandês Bram Stoker. "Drácula" foi publicado originalmente em 1897. E hoje, em número de publicações, só perde para a Bíblia. Assim, mais de 400 anos depois de morrer, Vlad Tepes virou celebridade, graças ao seu alterego literário.

   Também entra na conta de Bram Stoker a proeza de tornar famoso o Castelo de Bran, pequena cidade localizada no estado da Transilvânia. Isso tudo sem o escritor jamais ter posto os pés na Romênia. Mas o mérito da fama do castelo não é só dele. O setor de turismo romeno aproveitou que a fortaleza, construída em 1211, era parecida com a descrição de Stoker e a colocou na lista de sugestões para o roteiro dos viajantes. Agora, todo ano, cerca de 700 mil turistas visitam o local.

   Agora, se Vlad III já pisou no tal castelo, ninguém sabe. Embora a relações públicas do Castelo de Bran, Alexandra Cojanu, garanta que ele tenha ficado pelo menos por 10 dias na condição de prisioneiro do rei da Hungria, Mathias Corvino, não há nenhuma prova da passagem do príncipe pelos aposentos palaciais. Aliás, a masmorra onde ele supostamente ficou preso nem está aberta aos visitantes. Alexandra explica que, justamente neste local, funciona o escritório onde ela trabalha. E a entrada é proibida.


Drácula


   Para a maior parte dos romenos, o conde representa coragem, bravura e amor pelo país.
Definitivamente, ele é tratado como um herói nacional, que livrou, enquanto pode, a Romênia das espadas do Império Otomano. As dezenas de estátuas, nomes de ruas e demais distinções espalhadas pelas cidades da Romênia comprovam a impressão. Sobre seus métodos cruéis de extermínio, em regra, as respostas dos apaixonados conterrâneos mostram que os fins, de fato, justificam os meios. "Ele agia assim para defender o país, e utilizava tais métodos contra os inimigos turcos e traidores do estado", tenta esclarecer a guia de turismo Mihaela. Para Alexandra Cojanu, as medidas eram necessárias e devem ser interpretadas sob a ótica do século 15. Ou seja, em tempos de guerra, vale tudo.

   A 125 km de Bran está o vilarejo de Arefu. Lá está a Fortaleza de Poenari, que servia como ponto estratégico de observação durante conflitos, e também como refúgio para o Conde Vlad III. Diz a lenda que foi de uma das torres do castelo que a primeira esposa se jogou. O episódio foi devidamente registrado no livro de Bram Stoker e apareceu no filme Drácula (1992), de Francis Ford Coppola.

   O castelo foi construído no começo do século 13 e ampliado durante o governo de Vlad III, com a mão de obra de prisioneiros. Hoje, a construção está em ruínas. Uma parte dela desmoronou no fim do século 19 e caiu no leito do rio Arges, que corta a região. Mas o lugar guarda muita história. Foi em Poenari que, depois de um poderoso ataque turco em 1462, Vlad teria protagonizado uma de suas grandes escapadas. Uma passagem secreta ligava o castelo a um caminho escondido entre as montanhas rumo ao norte do país. Com a ajuda de moradores do vilarejo, o conde teria fugido por este túnel. Aparentemente, não é de hoje que os romenos apoiam seu bravo herói.
  
   Visitar as ruínas não é fácil. Os turistas precisam pagar 5 lei (o equivalente a cerca de R$ 3,70) e subir 1480 degraus. Mas vale o esforço. Lá de cima, dá pra ter uma visão privilegiada das montanhas de Cárpatos.


Transilvânia


   Foi lá que Vlad III nasceu, em 1431. Mais precisamente na cidade de Sighi?oara. Vlad era filho do
nobre Vlad II "Dracul", que governou antes dele a Valáquia. Aliás, foi daí que surgiu o apelido "Drácula". Em latim, draco significa dragão - ordem à qual Vlad II pertencia, cuja principal função era defender a Europa cristã do Império Otomano. Drácula significa -  adivinhe! - filho do dragão. Mas, dependendo do tradutor que você consulta, também pode significar outra coisa. É que, em romeno atual, dracul significa diabo. Logo, Drácula é também "filho do diabo". Dá pra ver por que Bram Stoker se inspirou nesse personagem.

   Vlad III passou os primeiros anos de sua infância em Sighisoara e, em 1436, se mudou para a Târgoviste, capital do principado da Valáquia, quando seu pai assumiu a liderança da província. Em 1442 sua história mudou. Vlad III, então uma criança de 11 anos, e seu irmão mais novo, Radu, foram entregues ao sultão otomano Murad II, como garantia de que seu pai, Vlad II, iria "se comportar". Ou seja, os reféns garantiriam que Vlad pai jamais bateria de frente com o Império Otomano. Com os turcos em Constantinopla (hoje Istambul), Vlad III aprendeu a língua, costumes e, conforme garantem os romenos, os hábitos cruéis. A acordo acabou em 1448, quando Vlad III foi informado da morte do pai e do irmão mais velho, Mircea. Mas, a essa altura, já fazia um ano que eles tinham sido assassinados pelos nobres da Valáquia, que supostamente deveriam estar do mesmo lado de Vlad pai.

   Com 17 anos, Vlad III deu início à série de guerras e lutas que marcariam sua vida. Seu irmão, Radu, todavia, optou por ficar ao lado do sultão, na Turquia. Determinado a recuperar o trono do pai, Vlad III retornou à Romênia e tomou o principado da Valáquia em 1448. Mas demorou um bocado até conseguir. Afastado do poder, ele juntou forças para, em 1456, aos 25 anos, ganhar definitivamente o trono que pertencera ao pai. Desta vez, o sucesso foi pleno (ele matou em batalha o então governante, Vladislav II) e comandou a província por seis anos.

   Foi neste período que Vlad III ganhou o apelido de Empalador. O reinado do príncipe marcou um dos mais importantes momentos de resistência contra os ataques do Império Otomano. É por isso que ele virou herói nacional.

   A glória não durou para sempre. Os recursos da Valáquia para a guerra (que vinham do Império Húngaro) começaram a ficar mais escassos. Até que não deu mais para segurar. Um ataque otomano tirou Drácula do poder. Sabe quem estava no comando dessa investida? Radu, que passou a governar a região. #GameOfThronesfeelings.

   Vlad III não teve outra opção e fugiu para o Império Húngaro, onde ficou preso por 12 anos. Mas o regime da detenção não era muito rígido. Tanto que Vlad III se casou, teve filhos e chegou à condição de membro da família real - tudo isso enquanto ainda era prisioneiro. Anos depois, quando a moral do ex-príncipe já estava no alto e ele já não estava mais na lista de "mais procurados" dos turcos, Vlad III decidiu reconquistar a Valáquia pela terceira vez.

   Ele contou com o apoio de forças húngaras e de seu primo, o príncipe da Moldávia, Estevão.
Nessa época, Radu já tinha morrido, e quem mandava na Valáquia era Bassarabe, o Velho. Quando Vlad III chegou lá, o governante ficou tão assustado que preferiu fugir a encará-lo de frente. A reconquista, portanto, deu certo.

   Só que, no mesmo ano, Vlad III morreu misteriosamente. Ele tinha 45 anos. Enquanto parte dos historiadores diz que ele morreu em batalha contra os turcos (que estavam tentando recolocar Bassarabe no poder), outra leva sustenta que ele sucumbiu numa emboscada armada pelos burgueses descontentes de seu próprio reino, assim como tinha acontecido com seu pai.

   Os restos mortais do conde também geram discussões. Há quem garanta que eles estejam na ilha de Snagov, a cerca de 30 km da capital Bucareste. Mas já tentaram examinar uma ossada encontrada por lá e, aparentemente, não era a dele. Outros dizem que a cabeça de Vlad III, separada de seu corpo, teria sido levada pelos turcos a Constantinopla, como prova de sua morte. Nessa história, que tem capítulos mais mirabolantes do que qualquer saga de ficção, esse parece ser um final mais plausível. Ou a gente pode simplesmente acreditar que ele se desfez em poeira, como diz a versão de Bram Stoker.





sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Minotauro

  Na mitologia grega, o Minotauro (em grego: Μῑνώταυρος; em latim: Minotaurus; em etrusco:
Θevrumineś), era segundo sua representação mais tradicional entre os gregos antigos, uma criatura imaginada com a cabeça de um touro sobre o corpo de um homem. O autor romano Ovídio descreveu-o simplesmente como "parte homem e parte touro." Habitava o centro do Labirinto, uma elaborada construção erguida para o rei Minos de Creta, e projetada pelo arquiteto Dédalo e seu filho, Ícaro especificamente para abrigar a criatura. O sítio histórico de Cnossos, com mais de 1300 compartimentos semelhantes a labirintos,já foi identificado como o local do labirinto do Minotauro, embora não existam provas contundentes que confirmem ou desmintam tal especulação. No mito, o Minotauro morre pelas mãos do herói ateniense Teseu.
   
   O termo Minotauro vem do grego antigo Μῑνώταυρος, composto etimologicamente pelo nome Μίνως (Minos) e o substantivo ταύρος ("touro"), e pode ser traduzido como "(o) Touro de Minos". Em Creta, o Minotauro era conhecido por seu nome próprio, Astérion, um nome que ele compartilhava com o pai adotivo de Minos.

   Minotauro, originalmente, era apenas utilizado como nome próprio, referindo-se a esta figura mítica. O uso de minotauro como um substantivo comum que designa os membros de uma raça fictícia e genérica de criaturas antropogênicas com cabeças de touro surgiu bem posteriormente, no gênero de ficção fantástica do século XX.


Nascimento e aparência

 
   Após assumir o trono de Creta, Minos passou a combater seus irmãos pelo direito de governar a ilha. Rogou então ao deus do mar, Posídon que lhe enviasse um touro branco como a neve, como um sinal de aprovação ao seu reinado. Uma vez com o touro, Minos deveria sacrificar o touro em homenagem ao deus, porém decidiu mantê-lo devido a sua imensa beleza. Como forma de punir Minos, a deusa Afrodite fez com que Pasífae, mulher de Minos, se apaixonasse perdidamente pelo touro vindo do mar o Touro Cretens. Pasífae pediu então ao arquetípico artesão Dédalo que lhe construísse uma vaca de madeira na qual ela pudesse se esconder no interior, de modo a copular com o touro branco. O filho deste cruzamento foi o monstruoso Minotauro. Parsífae cuidou dele durante sua infância, porém eventualmente ele cresceu e se tornou feroz; sendo fruto de uma união não-natural, entre homem e animal selvagem, ele não tinha qualquer fonte natural de alimento, e precisava devorar homens para sobreviver. Minos, após aconselhar-se com o oráculo em Delfos, pediu a Dédalo que lhe construísse um gigantesco labirinto para abrigar a criatura, localizado próximo ao palácio do próprio Minos, em Cnossos.

   Em nenhum lugar a essência do mito foi expressa de maneira mais sucinta que nas Heróidas, atribuídas a Ovídio, em que a filha de Pasífae reclama da maldição de seu amor não-correspondido: "Zeus amou Europa, como um touro, escondendo sua cabeça divina - ela deu origem ao nosso povo. Um fardo e uma punição nasceram do útero de minha mãe, Pasífae, montada por touro que ela enganou." Leituras mais literais e prurientes, que enfatizam o mecanismo envolvendo a cópula em si podem, talvez de maneira intencional, obscurescer o casamento místico do deus na forma de touro, um mythos minoico que era estranho aos gregos.

   O Minotauro costuma ser representado na arte clássica com o corpo de um homem, e a cabeça e rabo de um touro. Uma das formas assumidas pelo deus rio Aqueloo ao cortejar Dejanira é a de um homem com uma cabeça de touro, de acordo com a peça teatral Traquínias, de Sófocles.

   Dos períodos clássicos até o Renascimento, o Minotauro aparece como tema de diversas descrições do Labirinto. O relato do autor romano Ovídio sobre o Minotauro, em latim, que não elabora sobre qual metade da criatura era touro e qual era homem, foi a mais difundida durante a Idade Média, e diversas ilustrações feitas no período e depois mostram o Minotauro com uma configuração inversa em relação à sua aparência clássica: uma cabeça e torso de homem sobre um corpo de um touro, semelhante a um centauro. Esta tradição alternativa durou até o Renascimento, e ainda figura em versões modernas do mito, como as ilustrações de Steele Savage feitas para Mythology, de Edith Hamilton (1942).

Interpretações

   A luta entre Teseu e o Minotauro foi representada com frequência na arte grega. Um didracma de Cnossos exibe num lado o labirinto, e no outro o Minotauro cercado por um semicírculo de pequenas bolas, provavelmente representando estrelas; um dos nomes do monstro era Astérion, "estrela" em grego antigo.

   As ruínas do palácio de Minos, em Cnossos, foram descobertas, porém nenhum labirinto foi encontrado ali. O número enorme de aposentos, escadas e corredores do palácio fez com que alguns arqueólogos sugerissem que o próprio palácio teria sido a fonte do mito do labirinto, uma ideia que geralmente é desacreditada nos dias de hoje.[16] Homero, descrevendo o escudo de Aquiles, comentou que o labirinto seria um recinto para as danças cerimoniais de Ariadne.

   Alguns mitólogos modernos veem o Minotauro como uma personificação solar, uma adaptação minoica do Baal-Moloch dos fenícios. A morte do Minotauro por Teseu, neste caso, indicaria o rompimento das relações tributárias de Atenas com a Creta minoica.

   De acordo com o estudioso britânico A. B. Cook, Minos e o Minotauro são apenas duas formas diferentes do mesmo personagem, que representa o deus-sol dos cretenses, que retratavam o sol na forma de um touro. Tanto Cook quanto o antropólogo escocês J. G. Frazer explicaram a união de Pasífae com um touro como uma cerimônia sagrada, na qual a rainha de Cnossos se casava com um deus em forma de touro, da mesma maneira que a esposa do tirano em Atenas havia se casado com Dioniso.

   O arqueólogo francês Edmond Pottier, que não discute a existência histórica de Minos, a partir da história de Fálaris, considera provável que em Creta (onde pode ter existido um culto aos touros, juntamente com o do labrys) uma forma de tortura era trancar as vítimas dentro da barriga de um touro de bronze incandescente. A história de Talo, o homem de bronze cretense, que se deixava em braza e abraçava os estrangeiros assim que eles pisavam na ilha, provavelmente teria origem semelhante.

   Uma explicação histórica do mito se refere ao período em que Creta era a principal potência política e cultural do mar Egeu. À medida que a cidade de Atenas (e provavelmente outras cidades gregas continentais) pagavam tributo a Creta, pode-se assumir que este tributo incluía jovens de ambos os sexos, destinados ao sacrifício ritual. A cerimônia era executada por um sacerdote que utilizava uma máscara ou cabeça de touro, o que explicaria então o imaginário relacionado ao Minotauro. Este sacerdote também poderia ser filho de Minos.

   Com a Grécia continental livre do domínio cretense, o mito do Minotauro teve como papel distanciar a incipiente consciência religiosa das poleis helenas das crenças minoicas.


O Minotauro no Inferno de Dante

   O Minotauro, a infamia di Creti, aparece brevemente no Inferno de Dante, em seu canto 12, 11-15, onde, abrindo caminho entre rochedos espalhados por uma encosta, e preparando-se para entrar no Sétimo Círculo, Dante e Virgílio, seu guia, encontraram a criatura pela primeira vez entre aqueles que foram amaldiçoados por sua natureza violenta, os "homens de sangue", embora seu nome não seja citado até o verso 25. Com a lembrança provocante, feita por Virgílio, do "rei de Atenas", o Minotauro se ergue, enfurecido, e distrai os centauros que guardam o Flegetonte, "rio de sangue", permitindo assim que Virgílio e Dante passem rapidamente por eles. Esta associação pouco típica do Minotauro com os centauros, que não é feita em qualquer outra fonte clássica, é mostrada visualmente na ilustração da criatura feita por William Blake como uma espécie de centauro taurino.








quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Monstro do lago Ness

   O monstro do lago Ness, monstro de Loch Ness, também conhecido simplesmente por Nessie, é um criptídeo aquático que alegadamente foi visto no Loch Ness (Lago Ness), nas Terras Altas da Escócia. A sua existência (ou não) continua a suscitar debate entre os cépticos e os crentes, e é um dos mistérios da criptozoologia. O monstro de Loch Ness é descrito como uma espécie de serpente ou réptil marinho, semelhante ao plesiossauro, um sauropterígeo pré-histórico.



Registros visuais
   
   O primeiro encontro original e testemunhado por várias pessoas aparece descrito na obra literária Vida de São Columbano (também conhecido como Saint Columba), um missionário irlandês que viveu entre 521 e 597 D.C e que se mudou para Escócia. Columbano descreve como salvou um picto que nadava no Rio Ness das garras do monstro em 565 DC enquanto ele trazia um barco para o Santo e os seus seguidores atravessarem o rio e com o enorme poder da sua voz o monstro terá sido repelido pelo Santo. Em outro ponto da obra, o Santo conta que matou um javali com o poder da sua voz, o que levanta questões sobre a credibilidade dos seus relatos, mas o javali pode ter morrido por outra causa enquanto ele gritava, ou simplesmente Columbano usou uma metáfora, como estar usando "Voz" como algo relativo ao povo e usado um exército de pessoas.

   O primeiro relato autenticado de avistamento oficial do monstro do Lago Ness data de 1880 e foi debaixo de água, testemunhado por um mergulhador profissional chamado Duncan MacDonald. Foi-lhe pedido que fosse ao Fort Augustus, perto do Caledonian Canal, procurar o local certa onde havia afundado um navio de carga, por questões do seu seguro - Duncan foi contratado pela seguradora para localizar o navio. Ao descer às profundezas escuras do lago, Diuncan chegou onde se situava o navio afundado, iniciou as sua tarefas. Enquanto examinava a quilha para ver os estragos e trabalhava debaixo do barco, de repente viu que também ali estava uma enorme e estranha criatura, deitada sobre uma grande rocha próxima ao barco. O assustado Duncan fez um sinal brusco para ser içado e recolhido de imediato, ao chegar ao seu barco de apoio com a equipa dele, os colegas acharam-no muito pálido e branco como a cal. Duncan foi retirado da água a tremer, mas depois acalmou-se e disse que enquanto analisava o navio, a certa altura viu um animal muito parecido com um réptil gigante marinho ou como um sapo enorme, que surpreendeu Duncan e quis voltar logo à superfície com medo. Duncan nunca mais fez quaisquer mergulhos no famoso Lago Ness.

   No século XX - um outro relato é de 1923 - e conta como Alfred Cruickshank avistou uma criatura com cerca de 3 metros de comprimento e dorso arqueado, mas o registo visual que iniciou a popularidade de Nessie data de 2 de Maio de 1933 e foi relatado pelo jornal local Inverness Courier, numa reportagem cheia de sensacionalismo. Na peça conta-se que um casal de hoteleiros viram um monstro aterrorizante a entrar e sair da água, como alguns golfinhos fazem. A notícia gerou sensação e um circo chegou mesmo a oferecer 20.000 libras pela captura da criatura. A esta oferta seguiu-se uma onda de registos visuais que resultaram em 19 de Abril de 1934 na mais famosa fotografia do monstro, tirada pelo cirurgião R.K. Wilson (daí o nome da fotografia, conhecida como Surgeon’s photo). A fotografia circulou pela imprensa mundial como prova absoluta da existência real do monstro.

   Décadas depois, em 1994 Marmaduke Wetherell confessou ter falsificado a fotografia enquanto repórter free lancer do Daily Mail em busca de um furo jornalístico. Wetherell afirmou também que decidiu usar o nome do Dr. Wilson como autor para conferir mais credibilidade ao embuste. Quando R.K.Wilson emigrou para a Austrália, este médico entretanto falecido escreveu uma carta ao Daily Mail a revelar que a sua foto era mesmo um embuste com recurso a um submarino de brincar com um pescoço de plástico montado em cima para fazer uma foto do seu suposto "monstro real".

   Em 25 de maio de 2007, Gordon Holmes, um técnico de laboratório de 55 anos de idade, filmou um vídeo que ele diz ser de uma "criatura preta, com cerca de 45 pés de comprimento, movendo-se rapidamente na água". O vídeo foi estudado por biólogos e sem dúvida trata-se realmente de uma filmagem original de um animal não identificado, no qual as características físicas são mesmo parecidas com as de um plesiossauro, portanto, ainda assim não é considerado uma prova de sua existência. Diz-se que o vídeo está "entre as mais brilhantes aparições do monstro já feitas". A BBC da Escócia transmitiu o vídeo em 29 de maio de 2007.


Teorias

   Quase todos os relatos de aparições do monstro descrevem-no à semelhança de um Plesiossauro, um animal parente dos dinossauros extinto desde o Mesozóico. Os plessiossauros eram répteis aquáticos de grandes dimensões, com um pescoço grande em relação à cabeça, que se deslocavam com a ajuda de enormes membros em forma de barbatana. A semelhança com um animal extinto levou alguns criptozoólogos a defender que o monstro de Loch Ness é um plessiossauro que, de alguma forma, sobreviveu à extinção da sua espécie no fim do Cretácico. Os cépticos argumentam com a impossibilidade de um único indivíduo sobreviver 63 milhões de anos e que esta hipótese implica a existência não de um monstro, mas de uma pequena comunidade. Baseado no tamanho do lago e na quantidade de alimento, George Zug, do Smithsonian, calculou que o número de criaturas como Nessie poderia variar de 10 a 20 animais se cada um pesarem cerca de 1500 e chegar até 150 animais de 150 quilos (O que provavelmente não é o caso já que descrevem criaturas enormes).

   Cientistas dizem que um Plesiossauro nunca levantaria o pescoço acima d'água, como o monstro supostamente faz. Além disso, o plesiossauro era adaptado ao calor, e não às temperaturas absurdamente baixas do Lago Ness. Baseando-se nisso, um grupo de cientistas criaram uma teoria que diz que o monstro é, um dinossauro parente do plesiossauro, que além de nunca ter sido documentado, possuía uma estrutura óssea diferente de seu suposto primo e o corpo adaptado a condições climáticas diferentes, que vivia no Oceano Ártico ou Atlântico. Assim, um grupo dessas criaturas entrou pelo Rio Ness (uma das únicas ligações do lago com o mar) e depois de certo tempo o rio ficou muito raso, e as criaturas não puderam sair, graças ao alimento farto de salmões, enguias e trutas as criaturas se adaptaram à vida no lago. [carece de fontes] Então, "Nessie" provavelmente seria da superordem Sauropterygia.

   Outras explicações para os registos visuais sugerem que as testemunhas tenham confundido o monstro com os esturjões que abundam no lago e que, graças à sua estranha aparência, possam ter causado confusão. Há ainda quem relacione os registos visuais com libertação de gases da falha tectónica que modela o lago, que podem chegar à superfície sobre a forma de bolhas.

   Em Julho de 2003, uma equipe da BBC realizou uma investigação exaustiva na zona, com o fim de determinar de vez a existência ou não do monstro. O lago foi percorrido de uma ponta à outra por mergulhadores e cerca de 600 sonares sem qualquer resultado. A BBC concluiu que o monstro não existe mas nem isto desalentou os defensores de Nessie.

   Grande parte da dificuldade em encontrar ou provar a ausência da criatura é devida à peculiaridade geológica do próprio lago. Ele tem forma estreita, profunda e alongada, com cerca de 37 quilómetros de comprimento, 1,6 quilómetros de largura e uma profundidade máxima de 226 metros. A visibilidade da água é extremamente reduzida devido ao teor de turfa dos solos circundantes, que é trazida para o lago através das redes de drenagem. Pensa-se que o lago Ness tenha sido modelado pelos glaciares (Brasil: geleira) da última era glacial. Além disso, a visibilidade na superfície costuma ser má, o que explica a má qualidade das fotos e a suspeita de que os registos visuais sejam apenas pareidolia. Na Escócia, a média dos últimos 30 anos é de apenas 48 dias de sol por ano.

   Nessie na cultura popular
Real ou imaginário, o monstro de Loch Ness faz parte do imaginário popular e da cultura da Escócia e do resto do mundo ocidental. Nessie apareceu num episódio de Scooby-Doo e é um exemplo clássico de monstro. É ainda um dos motores da indústria de turismo da zona, atraindo ao Loch Ness inúmeros curiosos em busca da oportunidade de tirarem uma fotografia. No desenho Duelo Xiaolin o monstro do Lago Ness é prima de Dojo. E o Monstro do Lago Ness apareceu também em um episódio de Scooby Doo onde, por causa das olimpíadas escocesas, o monstro aparecia e aterrorizava a todos por causa do grande barulho das pessoas competindo, ele também aterrorizava um castelo que era da organizadora das olimpíadas. O monstro ainda foi parodiado no desenho Johnny Test como o "Monstro do lago Porkness". Nessie também foi parodiada no desenho Phineas e Ferb como o "Monstro do lago Naso". No desenho Kid vs. Kat Nessie é parodiada como o "Monstro do lago Coruja".

   Em Arquivo X no Episodio O Monstro do Lago um monstro marinho apareceu sendo responsável por várias mortes mesmo não sendo o Monstro do Lago Ness durante o episodio várias referências são feitas ao Monstro do Lago Ness. Em EarthBound na fase Winters e sem esquecer o filme Meu Monstro de Estimação, em Mega Man Star Force 2, há uma cidade chamada Loch Mess, onde segundo a lenda, vive uma criatura chamada Dossy (Messy), que na verdade é a forma de vida eletromagnética Brachio Wave (Plesio Surf).

   Em Top Gear de Super Nintendo, na pista "Loch Ness", um suposto Nessie aparece ao fundo do cenário num lago. Também é possível ver placas na beira da pista com a frase "Beware the Monster!" (Cuidado com o Monstro!).

   Carl Barks retratou Nessie na história O Mistério do Lago, Obras Completas de Carl Barks 33. Nesta história, o protagonista Donald decide fotografar o monstro no interior do lago Less (paródia para o lago Ness), mas é engolido pelo bicho. Em Tomb Raider The lost Artifact aparece o monstro, no qual Lara Croft precisa lutar.

   No jogo da Nintendo Super Mario 64, para o console Nintendo 64, uma criatura semelhante a Nessie aparece em uma das fases, porém é inofensiva.

   O Monstro também aparece no MMORPG on-line Perfect World, onde também é inofensivo, e no jogo Rayman 2, onde é retratado como uma criatura solitária e sem amigos.




quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A Invocação de Lilith


Um Rito de Sexualidade Negra


                                                   

                                                                        *ADVERTÊNCIA*



   Lilith é a egrégora primária do animal negro. Ela é poder de domínio sexual libertos. Esta invocação não deve ser tentada por aqueles que têm pouca prática em magia cerimonial, nem por aqueles que possuem problemas psicológicos não resolvidos relativos à sexualidade. Relativamente ao sangue para ser bebido, ou ás actividades sexuais seguintes, todas as precauções pertinentes à prevenção de doenças carregadas pelo sangue ou por fluídos sexuais devem ser corretamente  observadas. Pode ser sensato apontar um “guardião” que irá “observar” o rito enquanto este prossegue de um destacado ponto de observação e intervir se os participantes, em seus excessos, estão a ponto de cometer actos perigosos. O guardião deve banir seu próprio círculo de proteção sobre si mesmo. O guardião só deve intervir se houver uma séria ameaça de dano corporal; senão, os eventos devem ser aprovados para transcorrer segundo suas vontades. Qualquer um [que esteja] temeroso dos possíveis efeitos psicológicos deste rito em primeiro lugar faria bem em não participar. Isto não é para os tímidos. Com estes embargos, toda discrição pertinente a essas acções é deixada aos participantes. Os autores não assumem nenhuma responsabilidade pela irresponsabilidade dos participantes no desempenho deste rito. Você foi advertido!


Materiais



Velas pretas e/ou púrpuras

Incenso de almíscar

Um cálice de prata

Um chicote (tipo “cat-o-nine-tails”)

Capa preta, preferivelmente de setim (para o/a Operador Principal)

Vinho tinto

Um bisturi (esterilizado) ou x-acto faca (para drenar sangue)

Um sistema de playback razoavelmente bom, e uma nefasta e sensual seleção musical.

(Diamanda Galas, “Deliver Me From My Enemies” ou This Mortal Coil, “Filigree and Shadow” são excelentes escolhas, mas isto é deixado para os participantes).


Preparação



   Lilith é o aspecto feminino primal da sexualidade negra [dark sexuality]. Por esta razão os autores são de opinião que a invocação será mais provavelmente [bem] sucedida se o Operador Principal for fêmea. Isto não descarta a possibilidade de sucesso com um M.O. masculino, mas ele deve estar habilitado para contactar fortemente sua natureza feminina primal para suceder e invocar Ela que é o mais fundamental de todos os demônios femininos. Os participantes podem ser tanto machos quanto fêmeas ou uma mistura de ambos em qualquer proporção.

   As aplicações deste rito variam consideravelmente. Desde de que é uma combinação de trabalho Lunar/Saturnino, pode ser aproximado como um ritual dividido de sexo e morte – assim como a invocação de Carroll Thanateros do Liber Kaos.

   Como apresentado aqui, é um ritual de liberação e também é usado para trazer adiante uma Palavra de Poder [Word Of Power] da egrégora [egregore] para uso subseqüente dos participantes; conseqüentemente a Indicação da Intenção [Statement of Intent] reflete esta intenção.

   A indicação deve ser talhada para expressar propriamente  as intenções de um trabalho particular.


O Ritual



   Grandes velas pretas são arrumadas em círculo em torno do espaço do templo e  acesas, assim como copiosas quantidades de incenso. O quarto deve ser bem defumado.

1-O Banimento [pode se feito] por LBRP, GPR, Vortex ou outro procedimento, a escolha.

2-A operadora principal [Main Operator], despida por baixo da veste preta, toma posição no centro do círculo. Ela segura o açoite em sua mão direita. Outros participantes sentam em um círculo em torno da M.O. A música começa.

3-A Indicação (ver advertência) do Intento é declarado pelo M.O. e ecoada por todos os participantes: “É nossa vontade invocar a egrégora de Lilith, de modo que através de seu espírito nós experimentemos o poder do Sexo e Morte e obtenhamos sua Palavra de Poder!”

   A seguinte passagem (veja notas) é recitada pelo M.O. para invocar a identidade de Lilith para ocupar seu corpo e mente: “Eu sou a filha da Força [Fortitude] e violo cada hora de minha juventude.
Para contemplação, Eu sou Entendimento, e a ciência habita em mim; os celestes me oprimem. Eles cobiçam e desejam-me com infinito apetite; nenhum dos que são terrenos tem me abraçado, porque Eu estou sombreada com o Círculo das Estrelas, e coberta com as nuvens da manhã. Meus pés são mais rápidos que os ventos, e minhas mãos são mais doces do que o orvalho da manhã. Minhas vestes são do princípio, e meu lugar de descanso está em mim mesma. O Leão não sabe onde eu ando, nem as bestas do campo compreende-me.

Eu sou deflorada, mas virgem;

Eu santifico e não sou santificada.

Feliz é aquele que me abraça: para à noite Sou doce, e de dia prazer total.

   Minha companhia é uma harmonia de muitos símbolos, e meus lábios mais doces do que a própria saúde. Sou uma prostituta para alguns que violam-me, e uma virgem para aqueles que não me conhecem.

   Purguem suas estradas, Vocês, filhos dos homens, e lavem suas casas limpas; façam-se santos, e ponham-se na rectidão. Expulsem suas velhas prostitutas, e queimem suas roupas e então eu irei, trarei crianças diante de ti e eles serão os Filhos do Conforto no Tempo do porvir.”

   Então os participantes começam a cantar o mantra de Lilith. Enquanto eles cantam, a Operadora Principal deve cair em um profundo transe gnóstico e invocar o espírito de Lilith em seu corpo. “Carne ela comerá, sangue ela beberá!” (repita)
Enquanto o cântico continua, um participante (o Segundo Operador) recita o seguinte: “Negra ela é, mas brilhante! Negras são suas asas, preto sobre preto! Seus lábios são vermelhos como a rosa, beijando todo o Universo! Ela é Lilith, que elevou as hordas do abismo, e levou homens à ruína! Ela é a irresistível realizadora de toda luxúria, profeta do desejo. A primeira de todas as mulheres foi ela – Lilith, Eva não foi a primeira! Suas mãos  trazem a revolução da Vontade e a verdadeira liberdade da mente!
Ela é KI-SI-KIL-LIL-LA-KE, Rainha do Círculo Mágico! Olhe dentro dela a luxúria e o desespero!”

   Os participantes começam o cântico “Lilith! Lilith! Lilith!” repetidamente até o M.O. invocar a egrégora de Lilith [Lilithian egregore]. Um por um eles passam em torno do bisturi e cortam seu polegar esquerdo e marcam suas testas com sangue. Então eles em torno do cálice (que é enchido com o vinho vermelho) e tocam suas testas um por um.  Depois que todos fizerem assim, ele é tomado pelo M.O. que o drena num único trago. Este é o clímax da invocação.
Se a invocação tiver sucesso, todos os participantes sentirão simultaneamente emoções de medo, luxúria e o impulso de submissão. Força, sobressalto ou outra variação de Postura de Morte devem ser usadas para aprofundar o nível de gnose de cada participante até que estejam a ponto de desmaiar. Assim que tiverem superado suas emoções, eles devem cair à terra e prostrarem-se ante Lilith.
O que prossegue em seguida não é especifico, mas deixe sobrepor-se a vontade da egrégora. Ela pode escolher açoitar os participantes, caçoar deles, atenta-los ou seduzi-los. Ela pode forçá-los a cometer vários indescritíveis actos de luxúria sobre ela ou qualquer outro. Todos os participantes devem submeter-se à vontade dela, o que quer que seja, pode ser – seria extremamente perigoso fazer de outra forma; não arrisque a fúria de Lilith!
Eventualmente a energia do grupo começará a diminuir. Neste ponto, o S.O. (alertado pelo guardião, se necessário) irá levantar e defrontar-se com a M.O. e recitar o seguinte em uma voz de comando:
“Lua Negra, Lilith, irmã nigérrima,

Cujas mãos formam a lama infernal,

Na minha fraqueza, na minha força,

Moldando-me como a argila no fogo.

Lua Negra, Lilith, Égua da Noite,

Você lançou sua desgraça à terra

Proferiu o nome e saiu voando

Profira agora o som secreto!”

A M.O. nas profundidades do  transe de Lilith [Lilith-trance], chamará um nome, assim como a Lilith lendária chamou o inalterável nome de Deus para levantar [vôo] sobre o Éden nos céus. Não se sabe antecipadamente o que esta palavra será, mas será mais certamente uma Palavra de Poder para ser usada posteriormente pelos participantes em trabalhos mágicos posteriores.
Se tudo for feito corretamente, o espírito de Lilith sairá da M.O. à pronuncia do Nome, e a vontade dele(la) provavelmente cairá à terra, esgotada. O guardião ou o S.O. devem então desenhar um pentagrama erecto sobre a M.O., uma generosa lustração facial de água fria será administrada por ele, e ele/ela é chamado por seu nome ordinário até que ele/ela responda.
O templo é banido e fechado.