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sábado, 16 de janeiro de 2016

BÍBLIA SATÂNICA


   É fato irrefutável que a maioria das religiões estabelecidas ao longo dos séculos plantem suas bases filosóficas nos chamados livros sagrados. Como exemplos diretos temos a Torá, o Alcorão e a Bíblia Sagrada, mas ainda podemos citar o Bhavagad-Gita (que é reverenciado por budistas, hindus e brâmanes) e o Livro de Mórmon (um dos quatro pilares da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que narra a comunicação de Deus com os "antigos" habitantes do continente americano).  Apesar de toda a diversidade religiosa presente nestas obras, em sua maioria, elas são como cartilhas de boa conduta e elevação espiritual  em lugar do enaltecimento dos gozos terrenos e carnais. Um dos últimos compêndios a entrar no rol de livros sagrados versa exatamente ao contrário deste fluxo "do bem" e da ética moral se sobrepondo ao mal e à imoralidade. Estou falando da Bíblia Satânica.

   Antes de adentrarmos ao conteúdo da bíblia negra, é importante entender alguns elementos deste mistificado segmento religioso. Primeiro, destrua todo aquele seu arquétipo formado por tantos filmes de terror assimilados em películas de baixo orçamento, onde satanistas realizam rituais de adoração e cometem crimes em sacrifício ao chefão do inferno que deseja a danação dos humanos. Segundo, tenha em mente que a filosofia satânica remonta ao antigo setianismo egípcio. A palavra Satan é derivada de Set, que era o princípio da consciência e inteligência cósmica isolada no ser humano e seus sacerdotes eram os eruditos do Egito antigo, sendo Set referenciado no Livro dos Mortos (livro sagrado do Antigo Egito) como o deus egípcio mais poderoso. Em terceiro lugar, a figura chifruda e com cascos de bode que associamos à imagem de Satanás provém do deus celta Pan, um celebrador dos prazeres, da virilidade e da fertilidade.

   Por fim, é importante dizer que as organizações satânicas começaram a aparecer apenas em meados do século XIX, com grupos seletos e que buscavam apenas os pequenos prazeres da carne, sem nenhum alicerce filosófico, sendo que, a manifestação intelectual mais importante se deu com Aleister Crowley e seu Livro da Lei (apesar de muito adeptos da Thelema não admitirem a associação ao satanismo). Foi na década de 60 que o satanismo se estruturou com a criação da Church Of Satan (Igreja de Satã) e de um de seus dissidentes veio o The Temple Of Set (O Templo de Set). As duas vertentes são as principais linhas de pensamento satânicas até os dias de hoje e dão os rumos principais do segmento no mundo. A diferença básica entre as duas correntes de pensamento é que a Church Of Satan prega o fim de todo ser após a morte, ou seja, não existe uma responsabilidade espiritual a ser julgada postmortem. Ainda existe uma outra corrente satânica que se baseia no lendário grimório do Necronomicon, que foi popularizado pelo escritor H. P. Lovecraft e que tem sua existência contestada até os dias de hoje.

OBS : Não falarei sobre Anton LaVey pois ja falei sobre ele em um dos posts anteriores 


Algumas Considerações


   Em nenhum momento no decorrer do texto, a intenção foi de incitar a prática do satanismo, cuja filosofia, em sua maioria, caminha na contra-mão do que acredito ser um comportamento de um ser humano de bem (leia-se "de bem" longe do conceito religioso da expressão). A única finalidade desta postagem é sanar uma curiosidade que pode muito bem não ser somente minha, mas, às vezes, não sanada pelo medo oriundo dos seus tão arraigados dogmas religiosos, sendo simplesmente uma mostra de que o medo vem do desconhecimento.  Mas precisamos admitir dois pontos que são difíceis de encarar. Primeiro, muito do que é listado como dogma satânico é praticado por pessoas que se dizem fiéis às suas bases religiosas, digamos, do lado claro da força. Segundo, ao contrário de muitas religiões com filosofias opostas, o satanismo mostrou evolução intelectual, atingindo alto grau de linguagem moderna, sem abusar de alegorias incrustadas de múltiplas interpretações. Por opinião final, digo que um livro desta espécie, que não enaltece nada de sadio ao ser humano, mais parecido com um manual involução ética (que necessariamente não precisa crer em Deus para atingir um saudável evolução como pessoa), não deve ser temido, mas rejeitado com algo nocivo ao bem da sociedade, ASSIM COMO QUALQUER FANATISMO RELIGIOSO QUE CERCEIA A CAPACIDADE CRÍTICA E INTELECTUAL DO SER HUMANO!


Curiosidades


Relações Satânicas:

   A cultura pop esta infestada de referências ao satanismo nas suas mais diversas áreas de abrangência. Talvez, a que mais tenha ganhado notoriedade seja a banda americana Eagles, cujo título da canção Hotel California seria uma referência à Church Of Satan de LaVey. Alguns fanáticos afirmam que girando o disco ao contrário podem ser ouvidas mensagens vindas do inferno - acabei de fazer o teste e não ouvi nada demais e o máximo que senti foi medo de estragar meu raro LP. Outro hit roqueiro, a canção Sympathy For The Devil  foi, oficialmente declarada por seus compositores, inspirada na figura de Anton LaVey.  Naqueles idos, no final da década se 60, a banda Coven tinha real ligação estreita com o autor da bíblia satânica e teria incluído um ritual satânico completo em uma de suas canções.

   A voz máxima que bradava a mensagem da Igreja de Satã nos dias modernos foi, sem dúvida, Marilyn Manson, o Superstar Anticristo. O roqueiro escreveu o prólogo da última publicação da LaVey em meados da década de 90 e, mesmo não sendo membro da igreja satanista, ele se tornou um reverendo da ordem. A maior controvérsia entre as duas partes seria o uso de drogas, defendido por Mason e rechaçado fortemente pelos iniciados da Church Of Satan.

   O mundo do heavy metal sempre foi cercado de muita mística satânica (principalmente em vertentes mais extremas) e uma das mais influentes bandas do estilo, o Mercyful Fate, se valeu diversas vezes deste artifício. Mas, ao contrário do que acontece com diversas outras bandas, seu vocalista, King Diamond, é um admirador de LaVey, tendo mantido correspondência durante anos com muitos membro da Church Of Satan. Muitas canções, nos diversos álbuns da banda, trazem versos carregados da temática satanista e Into The Coven, Come To The Sabbath e The Oath tem rais ligações com a bíblia de LaVey.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Anton LaVey

Anton LaVey


   Fundou a Igreja de Satã no ano de 1966 em San Francisco, Califórnia, EUA. Além de líder da primeira organização abertamente satânica da história, LaVey também trabalhou como músico, fotógrafo forense, e domador de feras em circos.

   Lavey deu inicio as atividades de sua igreja em 1966 depois de uma vida de múltiplas atividades como descrito acima, além disso, era faixa preta em judô. O relato “oficial” da razão pela qual ele concebeu a Igreja de Satanás, diz que havia se desiludido com o cristianismo. Via na igreja aos domingos os mesmos homens que no dia anterior tinha visto em shows de striptease, em boates onde tocava órgão.

   Depois de certo tempo atuando como fotógrafo policial, LaVey ficou "farto" de Deus por ver, em função do seu trabalho, tanta brutalidade e tantas mulheres e crianças mortas. Ele não podia compreender como Deus, supostamente o bom Deus dos Cristãos pudesse valer alguma coisa, já que permitia que todo esse mal acontecesse.

   A combinação inicial de um desprezível profissional dos prazeres da carne com sua genialidade incomum e sua condição de alguém que buscava a magia com seriedade é o que veio caracterizar em grande parte o desenvolvimento da Igreja de Satánas.

   LaVey começou com um grupo de estudos de magia negra, e desse grupo foi que se desenvolveu o núcleo central do inicio da Igreja de Satanás. Logo depois escreveu A Bíblia Satânica, não propriamente uma "revelação satânica", mas como sendo uma combinação bem montada de uma filosofia, um psicodrama e um detestável equívoco.

A bíblia satânica.

   Com a publicação dessa bíblia, a sua reputação e a membresia da sua igreja decolaram como a um rojão.


A uma certa altura ele fez o circuito das boates como uma apresentação intitulada "Anton LaVey e suas bruxas Topless". Comprou uma casa na rua Califórnia em San Francisco e a pintou de preto. Sua decoração foi feita com o que no mínimo seria considerado tenebroso ou de mau gosto. Mesas para café na forma de túmulos, múmias pelos cantos, um leão da Núbia, negro vivo adulto no porão.

   LaVey promoveu o primeiro batismo satânico do mundo aberto ao público, o de sua filha Zeena, que então tinha três anos de idade, diante de um altar com uma figura de nu feminino. Dirigiu também o primeiro funeral satânico, com todas as honras militares, no cemitério de Arington. Serviu ainda como assessor técnico do fime "O Bebê de Rosemary" e chegou mesmo a aparecer no filme fazendo o papel de diabo na cena em que Satanás violenta a heroína.

   E se deu muito bem com os manda-chuvas de Hollywood, o que em nada deve nos surpreender. Talvez possa ser surpresa para muitos o fato da linha "oficial" da Igreja de Satanás não acreditar na existência de Satanás. Pra LaVey Satanás seria apenas um "arquétipo", um símbolo do desejo de Prometeu, da humanidade, de roubar fogo dos deuses e reinarem, os seres humanos, como deuses e deusas sobre a terra, O Diabo não teria existência a não ser como metáfora para os livres desejos e potencialidades da humanidade.

   O valor de Satanás para o Dr LaVey, foi que invocando o nome dele com todo o simbolismo e tudo o que o Diabo lembra, ele podia causar um enorme impacto, psicológico e emocional. Antes de mais nada, podia amedrontar os "ingênuos", mas também podia usar Satanás como uma alavanca para afrouxar as "restrições de ordem moral" e as "prisões" daqueles que viessem até ele.

   LaVey percebeu que aqueles que o procuravam poderiam ser mais bem ajudados por meio da realização de um psicodrama ritual, em que fossem forçados a fazer coisas que consideravam repugnantes. Por exemplo, sua "prescrição" psíquica poderia incluir de imediato, levar um católico a se envolver com magia negra ou um judeu, num ritual de preconceito nazista.

   A destruição de qualquer coisa que pudesse ser considerada sagrada foi o que ele considerou como sendo essencial. Certa vez gracejou dizendo que a "magia negra" perfeita para a década de 60 cheia de filosofia hippie, seria usar de Maharisha Mahesh Yogi (Que fundou a MT meditação transcendental) de cabeça para baixo, fazer derreter um disco dos Beatles e jogar um quilo de maconha na privada dando descarga.

LaVey se viu não como um verdadeiro adorador do Diabo, mas como o mesmo disse:"VINGADOR DO DIABO" que é o mesmo título de sua biografia oficial. Ele defende não o Diabo, mas o que o Diabo representa. Fala contra as injustiças "difamações" em relação ao Diabo ao longo dos séculos. Assim uma análise mais criteriosa pode revelar que o sistema de crenças da Igreja de Satanás é constituído de conceitos bastante diversos

O Satanismo LaVeyano


   O Satanismo LaVeyano ou Satanismo de LaVey foi fundado em 1966 por Anton LaVey. Sua crença se baseia na ideia de que Satã é um arquétipo (e não um ser) positivo. Seus ensinamentos também são baseados no individualismo, na autoindulgência e na moral da lei de talião, com influências dos rituais e cerimônias do ocultista Aleister Crowley e dos filósofos Friedrich Nietzsche e Ayn Rand. Empregando a terminologia de Crowley, os praticantes definem o Satanismo como o "Caminho da Mão Esquerda", religiosa e filosoficamente, rejeitando o tradicional "Caminho da Mão Direita" de religiões como o Cristianismo por sua percepção da negação da vida e ênfase na culpa e na abstinência.

   LaVey procura mostrar, por meio da Bíblia Satânica, o Satanismo como uma adoração do próprio eu.

   Anton LaVey fundou a primeira e maior organização de suporte religioso, a Church of Satan (Igreja de Satã) em 1966, e escreveu as crenças e práticas satanistas publicadas sob o título de The Satanic Bible (A Bíblia Satânica) em 1969. De acordo com a Igreja de Satã, há muitos satanistas pelo mundo, incluindo membros e também não-membros. Ela rejeita a legitimidade de quaisquer outras organizações de satanistas, chamando-os de cristãos-reversos e pseudo-satanistas. Embora o número exato de membros nunca tenha sido divulgado, estima-se que o número esteja em torno das dezenas de milhares.