Fundou a Igreja de Satã no ano de 1966 em San Francisco, Califórnia, EUA. Além de líder da primeira organização abertamente satânica da história, LaVey também trabalhou como músico, fotógrafo forense, e domador de feras em circos.
Lavey deu inicio as atividades de sua igreja em 1966 depois de uma vida de múltiplas atividades como descrito acima, além disso, era faixa preta em judô. O relato “oficial” da razão pela qual ele concebeu a Igreja de Satanás, diz que havia se desiludido com o cristianismo. Via na igreja aos domingos os mesmos homens que no dia anterior tinha visto em shows de striptease, em boates onde tocava órgão.
Depois de certo tempo atuando como fotógrafo policial, LaVey ficou "farto" de Deus por ver, em função do seu trabalho, tanta brutalidade e tantas mulheres e crianças mortas. Ele não podia compreender como Deus, supostamente o bom Deus dos Cristãos pudesse valer alguma coisa, já que permitia que todo esse mal acontecesse.
A combinação inicial de um desprezível profissional dos prazeres da carne com sua genialidade incomum e sua condição de alguém que buscava a magia com seriedade é o que veio caracterizar em grande parte o desenvolvimento da Igreja de Satánas.
LaVey começou com um grupo de estudos de magia negra, e desse grupo foi que se desenvolveu o núcleo central do inicio da Igreja de Satanás. Logo depois escreveu A Bíblia Satânica, não propriamente uma "revelação satânica", mas como sendo uma combinação bem montada de uma filosofia, um psicodrama e um detestável equívoco.
A bíblia satânica.
Com a publicação dessa bíblia, a sua reputação e a membresia da sua igreja decolaram como a um rojão.
A uma certa altura ele fez o circuito das boates como uma apresentação intitulada "Anton LaVey e suas bruxas Topless". Comprou uma casa na rua Califórnia em San Francisco e a pintou de preto. Sua decoração foi feita com o que no mínimo seria considerado tenebroso ou de mau gosto. Mesas para café na forma de túmulos, múmias pelos cantos, um leão da Núbia, negro vivo adulto no porão.
LaVey promoveu o primeiro batismo satânico do mundo aberto ao público, o de sua filha Zeena, que então tinha três anos de idade, diante de um altar com uma figura de nu feminino. Dirigiu também o primeiro funeral satânico, com todas as honras militares, no cemitério de Arington. Serviu ainda como assessor técnico do fime "O Bebê de Rosemary" e chegou mesmo a aparecer no filme fazendo o papel de diabo na cena em que Satanás violenta a heroína.
E se deu muito bem com os manda-chuvas de Hollywood, o que em nada deve nos surpreender. Talvez possa ser surpresa para muitos o fato da linha "oficial" da Igreja de Satanás não acreditar na existência de Satanás. Pra LaVey Satanás seria apenas um "arquétipo", um símbolo do desejo de Prometeu, da humanidade, de roubar fogo dos deuses e reinarem, os seres humanos, como deuses e deusas sobre a terra, O Diabo não teria existência a não ser como metáfora para os livres desejos e potencialidades da humanidade.
O valor de Satanás para o Dr LaVey, foi que invocando o nome dele com todo o simbolismo e tudo o que o Diabo lembra, ele podia causar um enorme impacto, psicológico e emocional. Antes de mais nada, podia amedrontar os "ingênuos", mas também podia usar Satanás como uma alavanca para afrouxar as "restrições de ordem moral" e as "prisões" daqueles que viessem até ele.
LaVey percebeu que aqueles que o procuravam poderiam ser mais bem ajudados por meio da realização de um psicodrama ritual, em que fossem forçados a fazer coisas que consideravam repugnantes. Por exemplo, sua "prescrição" psíquica poderia incluir de imediato, levar um católico a se envolver com magia negra ou um judeu, num ritual de preconceito nazista.
A destruição de qualquer coisa que pudesse ser considerada sagrada foi o que ele considerou como sendo essencial. Certa vez gracejou dizendo que a "magia negra" perfeita para a década de 60 cheia de filosofia hippie, seria usar de Maharisha Mahesh Yogi (Que fundou a MT meditação transcendental) de cabeça para baixo, fazer derreter um disco dos Beatles e jogar um quilo de maconha na privada dando descarga.
LaVey se viu não como um verdadeiro adorador do Diabo, mas como o mesmo disse:"VINGADOR DO DIABO" que é o mesmo título de sua biografia oficial. Ele defende não o Diabo, mas o que o Diabo representa. Fala contra as injustiças "difamações" em relação ao Diabo ao longo dos séculos. Assim uma análise mais criteriosa pode revelar que o sistema de crenças da Igreja de Satanás é constituído de conceitos bastante diversos
O Satanismo LaVeyano
O Satanismo LaVeyano ou Satanismo de LaVey foi fundado em 1966 por Anton LaVey. Sua crença se baseia na ideia de que Satã é um arquétipo (e não um ser) positivo. Seus ensinamentos também são baseados no individualismo, na autoindulgência e na moral da lei de talião, com influências dos rituais e cerimônias do ocultista Aleister Crowley e dos filósofos Friedrich Nietzsche e Ayn Rand. Empregando a terminologia de Crowley, os praticantes definem o Satanismo como o "Caminho da Mão Esquerda", religiosa e filosoficamente, rejeitando o tradicional "Caminho da Mão Direita" de religiões como o Cristianismo por sua percepção da negação da vida e ênfase na culpa e na abstinência.
LaVey procura mostrar, por meio da Bíblia Satânica, o Satanismo como uma adoração do próprio eu.
Anton LaVey fundou a primeira e maior organização de suporte religioso, a Church of Satan (Igreja de Satã) em 1966, e escreveu as crenças e práticas satanistas publicadas sob o título de The Satanic Bible (A Bíblia Satânica) em 1969. De acordo com a Igreja de Satã, há muitos satanistas pelo mundo, incluindo membros e também não-membros. Ela rejeita a legitimidade de quaisquer outras organizações de satanistas, chamando-os de cristãos-reversos e pseudo-satanistas. Embora o número exato de membros nunca tenha sido divulgado, estima-se que o número esteja em torno das dezenas de milhares.
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