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domingo, 12 de fevereiro de 2017

O beijo da Vampira Pt2– Um Caçador Abatido

   Já faz um tempo que me tornei um vampiro e hoje em dia vivo se assim posso dizer, com minha
amada Luiza ela se tornou a líder da nossa colônia, uma líder justa e venerada por todos e eu me tornei líder das caçadas por alimentos e também responsável por escolher quem merece fazer parte de nossa seleta família.

   Certa vez saímos para uma caçada para trazer alimento fresco para a colônia, mas o que encontramos foi um ser que ate então só tinha ouvido falar historias, mas todas as historias sobre esse ser relatavam que ele era extremamente forte, mas um ser não pensante uma fera um ser bestial movido apenas pela fome.


   O mais estranho é que esse ser que nos observava era diferente do todas as historias que eu já ouvia escutado antes, ele era realmente forte, mas também muito inteligente, um verdadeiro caçador das sombras.

   Pelo que pude notar ele era diferente de todos os outro de sua espécie, sim eu estou falando de um 
Lobisomem um homem normal durante o dia, mas que se transforma em uma fera nas noites de lua cheia, que perde o controle e ataca tudo que se move em sua frente independente da espécie, gado, homem, animais domésticos e ate mesmo nós nos tornarmos suas vitimas caso cruzemos seu caminho.

   Já havia um tempo que ele nos observava, mas os meus companheiros de caçada mal notaram a sua presença, ele era realmente muito cauteloso, eu o notei apenas por um único motivo o estalar de um galho de uma arvore do parque onde estávamos.

   Continuei minha caçada como se eu não tive se visto-o, pegamos nossa primeira refeição se assim posso chamar, olhei para trás de canto de olho e pude ver certo ar de euforia e vontade de atacar daquele ser, mas mesmo assim ele permanecia calmo e imóvel como uma pedra, eu mal podia ouvir seus batimentos cardíacos e sua respiração.

   Quando um dos meus companheiros foi atacar a nossa segunda vitima, eu olhei para trás e ele já não estava mais lá, eu tinha perdido ele de vista quando me voltei novamente para meu companheiro que havia preparado o ataque ele estava nas garras da fera que olhou para mim e disse...

- Vampiro você é o líder desse bando que invade meu território e pega minha comida sem pedir, quem vocês pensam quem são para fazer isso? Esse que eu peguei vai ser meu jantar hoje e vocês podem ir desde que nunca mais voltem aqui.

   Eu fui tomado pela raiva e gritei para o ser bestial a minha frente...

- Quem tem que sumir da nossa frente é você seu ser bestial, se quiser viver recomendo largar meu companheiro e se retirar.


   Mas o Lobisomem não se intimidou perante a minha ameaça, pelo contrario ele levou a cabeça do meu amigo ate a sua boa e arrancou do corpo com uma só mordida como se fosse um pedaço de pão ou algo similar e jogou o seu corpo para o lado e começou a correr em minha direção rosnando.

- Eu avisei vampiro, agora é sua vez.
Ele parecia um rinoceronte vindo para cima dava para ver o ódio em seus olhos, ele não perdia o foco nem por um instante, eu me preparei para o impacto me posicionei de forma a parar sua investida, mas nunca pude imaginar que ele seria tão forte mesmo sabendo das historias.

   Quando ele colidiu comigo me arrastou por mais de 10 metros, mas eu consegui fazê-lo parar e ai cometi meu maior erro fui zombar da fera o chamando de fraco e disse que ele nem se comparava aos seres das historias da sua espécie, então ele fez algo que me surpreendeu.
Ele rosnou e me tirou do chão e gritou...

- Vampiro irei mostrar para você o quanto eu sou fraco.
Ele me apertou com aqueles abraços enormes, nunca desde que havia me tornado um vampiro tinha sentido qualquer tipo de dor, mas àquela hora parecia que meus ossos iriam virar pó e eu gritei como nunca havia gritado.

   Eu por instinto tentei morder a criatura, mas seus pelos espessos não permitiam que eu tocasse sua carne, então eu comecei a fazer a única coisa que me restava eu comecei a esmurrar como podia a cabeça e as costas do Lobisomem que parecia não sentir nada, ele me mordeu no ombro e me lançou contra uma arvore e partiu para cima de outro dos meu companheiros, ele o matou sem muito esforço e novamente se voltou para mim e disse...

- Vampiro ultima chance pegue os seus e se retire do meu território agora ou farei com vocês o mesmo que fiz com seus amigos.
Eu mesmo contrariado dei ordem para os meus se retirarem, mas antes de sair gritei para ele...

- Isso não vai ficar assim, eu irei vingar meus amigos fera.
 A fera olhou para mim e disse em tom de ironia...

- Vai mesmo, veremos.
Eu voltei para a colônia muito ferido, e quando minha senhora e amada Luiza me viu perguntou o que havia acontecido e onde estavam os outros que saíram comigo e não haviam retornado.
Eu expliquei tudo que havia acontecido e jurei para era que iria me vingar daquela criatura bestial.
Ela me levou para descansar e me disse antes de sair do quarto...

- Eu quero a cabeça dele e é você quem vai trazer, ou eu mesma vou matar você.




    Caso queira ver o vídeo clique na janela 






CONTINUA...



Escritor Morte SobreviventesDoTerror / SobreviventesDT



Para poder gravar por favor entrar em contato para pedir autorização



quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Papillon Creepypasta


   Eu acreditava em contos de fadas quando eu era pequena, adorava ver todos os filmes lançados pela Disney, Branca de neve, Cinderela e muitos outros, mas tinha um em especial que me chama a tensão era os de uma fadinha muito fofinha chamada Tinkerbell, eu também adorava brincar em uma campina que ficava perto de minha casa junto com algumas amigas e a brincadeira que mais gostávamos de fazer era de tomar chá assim como a Alice no pais das maravilhas.

   Certa vez durante uma dessas brincadeiras eu encontrei uma linda borboleta pousada em uma tulipa vermelha, ela era muito vistosa suas asas eram parecidas com um arco ires e eu não pude deixar de me aproximar para ver mais de perto a sua beleza.
Quando me aproximei dela notei que não se tratava verdadeiramente de uma borboleta e sim de uma fada, mas para mim, fadas só existiam nos contos.




   Eu mal podia acreditar que eu estava vendo uma fada de verdade, foi então que ela se virou para mim e disse.
- Ola menina, como você se chama?
Eu muito feliz e com um sorriso no rosto respondi...
- Stefanny. E você fadinha linda, como se chama?
Ela me respondeu de imediato.
- Eu me chamo Papillon. - Você quer ser minha amiga?
Sem pensar eu respondi rapidamente que sim e falei para Papillon que iria apresentar ela para minha amiguinha, mas ela falou que não, porque minhas amigas não poderiam vê-la.
Eu perguntei o porquê dela não poderem vê-la. Então ela me respondeu.
- Somente pessoas especiais podem me ver.
Eu me senti muito feliz, e novamente perguntei.
- Papillon você pode fazer coisas mágicas assim como nas historinhas que eu vejo nos desenho?
A fadinha abriu um grande sorriso e com a cabeça fez um sinal que sim, mas que para poder fazer algo por uma pessoa ela deveria ganhar algo em troca.
Eu de imediato perguntei se poderia pedir algo.
Ela respondeu que sim, então eu peguei a pequena fada me despedi das minhas amigas e fui para casa.
Assim que cheguei, fui direto para meu quarto e para testar se era verdade perguntei para Papillon.
-Você poderia me dar uma barra de chocolate?
Papillon esticou as suas pequeninas mãos e como que por encanto uma majestosa barra de chocolate pareceu em minha cama, ela olhou para mim e disse.
- Hora do pagamento Stefanny, eu em troca da barra que te dei quero um beijo seu.
Fiquei muito feliz e confiante peguei a pequena fadinha e não lhe dei apenas um beije, mas vários, mas quando acabei de fazer isso notei algo, ela tinha ficado um pouco maior, eu estava cansada e resolvi ir me deitar, resolvi deixar para comer a barra depois e disse para Papillon.
- Nossa do nada eu fiquei com muito sono.
E ela me respondeu.
- Você esteve à manha inteira brincando com suas amigas na campina, deve esta muito cansada, durma um pouco e quando acordar estará melhor, não se preocupe quando você acordar eu estarei aqui te esperando para junto podermos brincar.
Eu fui me deitar muito feliz por ter encontrado uma nova amiga.

   Quando acordei no dia seguinte olhei para todos os lados e não vi Papillon, e quando já estava ficando triste achado que nunca mais a veria novamente, es que ela surge na minha frente e diz.
- Já acordou Stefanny? Agora podemos brincar novamente...
Eu disse para ela que não poderia brincar agora, pois teria de ir para escola.
Ela falou que iria comigo, e eu disse...
- Mas você não pode ir, as pessoas vão te ver e vão querer tomar você de mim.
Então ela me respondeu com um sorriso.
- Esqueceu que apenas pessoas especiais podem me ver, ou seja, somente quem eu quiser pode me ver.
Eu fiquei muito feliz com a resposta, pois não queria me separar da minha fadinha.

   O dia no colégio foi como muitos outros, e só para não perder o costume tinha aquele menino chato que vivia me atentando, ele vivia puxando meu cabelo e me chamando de quatro olhos.
Eu já não aguentava mais aquilo, e ele mais uma vez fez isso, só que dessa vez ao invés de chorar como antes, falei com Papillon.
- Papillon queria que esse menino se machucasse e fica-se longe de mim por muito tempo.
Então eu vi um sorriso diferente no rosto de Papillon, e ela disse com um ar bem diferente da ultima vez.
- É isso mesmo que você quer Stefanny?
Eu por estar com muita raiva do que aquele menino vinha fazendo comigo há muito tempo respondi...
- Sim Papillon é isso que eu quero!
Então agora que ela esta um pouco maior pude notar em seus olhos um brilho que não havia visto antes, e eles ficaram negros como a noite.
Nesse instante o menino que tanto me irritava caiu e quebrou o braço, eu não vou negar que fiquei feliz em ver ele sofrer, mas foi ai que Papillon falou...
- Stefanny hora do pagamento dessa vez eu quero mais que um bj eu quero um pouco do seu sangue.
Eu por ver quem me fazia mal, sofrendo não me importei em dar meu sangue a Papillon, pois achava que ela queria me proteger.
Assim que Papillon retirou um pouco do meu sangue eu desmaiei, e não vi mais nada.

   Quando acordei estava em minha cama, e minha mãe veio ate mim e perguntou.
- Minha querida como você esta? Mamãe estava muito preocupada, pois você desmaiou depois de ver seu coleguinha de turma cair e quebrar o braço, a professora ligou pra mim e eu fui te buscar, vou à cozinha pegar algo para você comer, já que passou o dia todo sem comer nada.
Quando a minha mãe se retirou olhei para todos os lados procurando novamente por Papillon, e quando olhei para parte mais escura do meu quarto La estava ela com a altura de uma criança de uns 10 anos de idade e sua aparência agora já não era tão bela como antes, mas não sei dizer o porquê eu não tinha medo.
Eu perguntei para Papillon o que tinha acontecido, e ela respondeu que só tinha realisado meu pedido, e afirmou que eu era a pessoa mais especial do mundo para ela, mesmo cansada dei um sorriso, pois estava muito feliz ao poder ter a minha fadinha como amiga.




   Alguns dias se passaram do ocorrido e eu estava bem melhor, chegou a época de provas e como achava que Papillon iria me ajudar não me importei em não estudar eu me tornei uma menina muito preguiçosa, então quando vieram as notas das provas minha mãe brigou comigo e me colocou de castigo e falou que eu não poderia mas brincar com ninguém ate minha nota melhorar, e para piorar eu apanhei por me tornar uma menina um tanto que irresponsável.
Eu fiquei com muita raiva da minha mãe e gritei na frente de Papillon.
- Mãe eu queria que você morre-se e assim me deixa se em paz.
Papillon de imediato respondeu, com uma voz muito medonha.
- Vou realizar o seu desejo minha criança.
Eu gritei tentando fazê-la parar, mas já era tarde, minha mãe já estava no chão caída sem vida, eu corri ate ela e comecei a chorar e pedir perdão pela minha atitude mas não adiantava de nada, foi então que eu ouvi novamente a voz de Papillon que agora estava totalmente irreconhecível, e ela disse...
- Acho que é hora do meu pagamento Stefanny, mas antes de falar o que eu quero vou dizer para você quem eu realmente sou.
- Eu sou Papillon a borboleta do inferno e o que eu quero em troca pelo que você me pediu é sua alma.
Então eu disse...
- Como assim minha alma?
Ela respondeu...
- Sua alma é minha realizei seu ultimo desejo, e ele foi à morte de uma pessoa isso me dá direito a fazer meu ultimo pedido de pagamento que é sua alma.
Eu sabendo que se fica-se viva nunca iria aceitar o que fiz com minha mãe, resolvi ir com Papillon e aceitar meu destino.
E ate hoje estou no inferno sendo torturada por meus erros...



Escritor: Morte SobreviventesDoTerror (Só pode ser gravada com autorização)

                              Caso queira ver a historia narrada clique no Vídeo



                                  Não esqueça de deixar o seu like para ajudar



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Automutilação

    Oi como vai você? Bem ou mal?
-Eu estou sempre mal.
O que você faz para aliviar a sua dor?
-Eu me corto
Tenho 15 anos, desculpe, mas não posso dizer meu nome.
Pratico a automutilação há quase seis meses com uma gilete
-Comecei com um corte pequeno no braço esquerdo, não muito fundo, mas o suficiente para sentir o alivia em ver o sangue escorrer...
-Depois fiz outros cortes, um deles foi um pouco mais fundo, e demorou a cicatrizar e minha mãe perguntou o que era aquilo.
-Eu disse a ela que tinha me arranhado na escola quando cai. Ela acreditou e eu continuei a sofrer em silêncio...
-Eu só contei a três amigos... Todos me pediram para parar
Juro para vocês que eu tentei, mas era como se meu corpo pedisse a lâmina, e tudo o que acontecia ao meu redor, não me dava escolhas...
-Em uma discussão com minha mãe, uma briga com meu amigo e lá se ia toda minha força...
-Terminei o testo que a professora havia passado e pedi pra ir ao banheiro. Levei meu celular, onde escondo as lâminas. Minha amiga que sabia dos cortes disse para eu não levar o meu celular, disse para eu não me cortar, mas eu não dei ouvido, mais uma vez eu me cortei! Quando voltei, fui ate minha carteira quase no fundo da sala, e chorei em silencio...
-Uma das amigas que sabia dos cortes, contou a minha melhor amiga. Minha melhor amiga ficou chateada comigo, e disse que eu não tinha motivos, que era pra eu parar com aquilo.

   Mas eu tenho motivos:

-Minha vida imperfeita e problemática
-O bullyng que sofro por ser gorda
-Minhas constantes discussões com todos

   Vocês devem ter perguntado, “porque você liga pro bullyng”?

   Eu ligo, sofro com isso desde os sete anos, me tornou frágil e quebradiça com qualquer tipo de brincadeira. Todos me julgam  a minha mãe e família...

-Não posso ficar sozinha.
-Eu preciso de ajuda!

   Fizeram-me prometer que eu nuca mais iria me cortar...
Eu prometi a três pessoas:
-Minha melhor amiga
-Minha amiga que sabia dos meus cortes
-E a você Morte mesmo sem te conhecer
-Mas eu quebrei essa promessa, e não suportei a dor...

   Infelizmente, não estou conseguindo mais parar...
Por isso estou mandando essa mensagem para vocês do canal SobreviventesDoTerror pois seus vídeos me ajudam a não fazer
Então fica aqui uma mensagem se você não se corta, mas pensa em fazer um único corte, NÃO FAÇA!!!
Nunca faça o primeiro corte
Você pode não conseguir mais parar, mesmo que tenha motivos, alivie se com outra coisa, NÃO SE CORTE.

   Beijos Tia Lilith, Anjo e Morte sem vocês não sei se estaria aqui hoje

Fonte: Envido por uma menina que é fan do nosso trabalho 



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Monstro do lago Ness

   O monstro do lago Ness, monstro de Loch Ness, também conhecido simplesmente por Nessie, é um criptídeo aquático que alegadamente foi visto no Loch Ness (Lago Ness), nas Terras Altas da Escócia. A sua existência (ou não) continua a suscitar debate entre os cépticos e os crentes, e é um dos mistérios da criptozoologia. O monstro de Loch Ness é descrito como uma espécie de serpente ou réptil marinho, semelhante ao plesiossauro, um sauropterígeo pré-histórico.



Registros visuais
   
   O primeiro encontro original e testemunhado por várias pessoas aparece descrito na obra literária Vida de São Columbano (também conhecido como Saint Columba), um missionário irlandês que viveu entre 521 e 597 D.C e que se mudou para Escócia. Columbano descreve como salvou um picto que nadava no Rio Ness das garras do monstro em 565 DC enquanto ele trazia um barco para o Santo e os seus seguidores atravessarem o rio e com o enorme poder da sua voz o monstro terá sido repelido pelo Santo. Em outro ponto da obra, o Santo conta que matou um javali com o poder da sua voz, o que levanta questões sobre a credibilidade dos seus relatos, mas o javali pode ter morrido por outra causa enquanto ele gritava, ou simplesmente Columbano usou uma metáfora, como estar usando "Voz" como algo relativo ao povo e usado um exército de pessoas.

   O primeiro relato autenticado de avistamento oficial do monstro do Lago Ness data de 1880 e foi debaixo de água, testemunhado por um mergulhador profissional chamado Duncan MacDonald. Foi-lhe pedido que fosse ao Fort Augustus, perto do Caledonian Canal, procurar o local certa onde havia afundado um navio de carga, por questões do seu seguro - Duncan foi contratado pela seguradora para localizar o navio. Ao descer às profundezas escuras do lago, Diuncan chegou onde se situava o navio afundado, iniciou as sua tarefas. Enquanto examinava a quilha para ver os estragos e trabalhava debaixo do barco, de repente viu que também ali estava uma enorme e estranha criatura, deitada sobre uma grande rocha próxima ao barco. O assustado Duncan fez um sinal brusco para ser içado e recolhido de imediato, ao chegar ao seu barco de apoio com a equipa dele, os colegas acharam-no muito pálido e branco como a cal. Duncan foi retirado da água a tremer, mas depois acalmou-se e disse que enquanto analisava o navio, a certa altura viu um animal muito parecido com um réptil gigante marinho ou como um sapo enorme, que surpreendeu Duncan e quis voltar logo à superfície com medo. Duncan nunca mais fez quaisquer mergulhos no famoso Lago Ness.

   No século XX - um outro relato é de 1923 - e conta como Alfred Cruickshank avistou uma criatura com cerca de 3 metros de comprimento e dorso arqueado, mas o registo visual que iniciou a popularidade de Nessie data de 2 de Maio de 1933 e foi relatado pelo jornal local Inverness Courier, numa reportagem cheia de sensacionalismo. Na peça conta-se que um casal de hoteleiros viram um monstro aterrorizante a entrar e sair da água, como alguns golfinhos fazem. A notícia gerou sensação e um circo chegou mesmo a oferecer 20.000 libras pela captura da criatura. A esta oferta seguiu-se uma onda de registos visuais que resultaram em 19 de Abril de 1934 na mais famosa fotografia do monstro, tirada pelo cirurgião R.K. Wilson (daí o nome da fotografia, conhecida como Surgeon’s photo). A fotografia circulou pela imprensa mundial como prova absoluta da existência real do monstro.

   Décadas depois, em 1994 Marmaduke Wetherell confessou ter falsificado a fotografia enquanto repórter free lancer do Daily Mail em busca de um furo jornalístico. Wetherell afirmou também que decidiu usar o nome do Dr. Wilson como autor para conferir mais credibilidade ao embuste. Quando R.K.Wilson emigrou para a Austrália, este médico entretanto falecido escreveu uma carta ao Daily Mail a revelar que a sua foto era mesmo um embuste com recurso a um submarino de brincar com um pescoço de plástico montado em cima para fazer uma foto do seu suposto "monstro real".

   Em 25 de maio de 2007, Gordon Holmes, um técnico de laboratório de 55 anos de idade, filmou um vídeo que ele diz ser de uma "criatura preta, com cerca de 45 pés de comprimento, movendo-se rapidamente na água". O vídeo foi estudado por biólogos e sem dúvida trata-se realmente de uma filmagem original de um animal não identificado, no qual as características físicas são mesmo parecidas com as de um plesiossauro, portanto, ainda assim não é considerado uma prova de sua existência. Diz-se que o vídeo está "entre as mais brilhantes aparições do monstro já feitas". A BBC da Escócia transmitiu o vídeo em 29 de maio de 2007.


Teorias

   Quase todos os relatos de aparições do monstro descrevem-no à semelhança de um Plesiossauro, um animal parente dos dinossauros extinto desde o Mesozóico. Os plessiossauros eram répteis aquáticos de grandes dimensões, com um pescoço grande em relação à cabeça, que se deslocavam com a ajuda de enormes membros em forma de barbatana. A semelhança com um animal extinto levou alguns criptozoólogos a defender que o monstro de Loch Ness é um plessiossauro que, de alguma forma, sobreviveu à extinção da sua espécie no fim do Cretácico. Os cépticos argumentam com a impossibilidade de um único indivíduo sobreviver 63 milhões de anos e que esta hipótese implica a existência não de um monstro, mas de uma pequena comunidade. Baseado no tamanho do lago e na quantidade de alimento, George Zug, do Smithsonian, calculou que o número de criaturas como Nessie poderia variar de 10 a 20 animais se cada um pesarem cerca de 1500 e chegar até 150 animais de 150 quilos (O que provavelmente não é o caso já que descrevem criaturas enormes).

   Cientistas dizem que um Plesiossauro nunca levantaria o pescoço acima d'água, como o monstro supostamente faz. Além disso, o plesiossauro era adaptado ao calor, e não às temperaturas absurdamente baixas do Lago Ness. Baseando-se nisso, um grupo de cientistas criaram uma teoria que diz que o monstro é, um dinossauro parente do plesiossauro, que além de nunca ter sido documentado, possuía uma estrutura óssea diferente de seu suposto primo e o corpo adaptado a condições climáticas diferentes, que vivia no Oceano Ártico ou Atlântico. Assim, um grupo dessas criaturas entrou pelo Rio Ness (uma das únicas ligações do lago com o mar) e depois de certo tempo o rio ficou muito raso, e as criaturas não puderam sair, graças ao alimento farto de salmões, enguias e trutas as criaturas se adaptaram à vida no lago. [carece de fontes] Então, "Nessie" provavelmente seria da superordem Sauropterygia.

   Outras explicações para os registos visuais sugerem que as testemunhas tenham confundido o monstro com os esturjões que abundam no lago e que, graças à sua estranha aparência, possam ter causado confusão. Há ainda quem relacione os registos visuais com libertação de gases da falha tectónica que modela o lago, que podem chegar à superfície sobre a forma de bolhas.

   Em Julho de 2003, uma equipe da BBC realizou uma investigação exaustiva na zona, com o fim de determinar de vez a existência ou não do monstro. O lago foi percorrido de uma ponta à outra por mergulhadores e cerca de 600 sonares sem qualquer resultado. A BBC concluiu que o monstro não existe mas nem isto desalentou os defensores de Nessie.

   Grande parte da dificuldade em encontrar ou provar a ausência da criatura é devida à peculiaridade geológica do próprio lago. Ele tem forma estreita, profunda e alongada, com cerca de 37 quilómetros de comprimento, 1,6 quilómetros de largura e uma profundidade máxima de 226 metros. A visibilidade da água é extremamente reduzida devido ao teor de turfa dos solos circundantes, que é trazida para o lago através das redes de drenagem. Pensa-se que o lago Ness tenha sido modelado pelos glaciares (Brasil: geleira) da última era glacial. Além disso, a visibilidade na superfície costuma ser má, o que explica a má qualidade das fotos e a suspeita de que os registos visuais sejam apenas pareidolia. Na Escócia, a média dos últimos 30 anos é de apenas 48 dias de sol por ano.

   Nessie na cultura popular
Real ou imaginário, o monstro de Loch Ness faz parte do imaginário popular e da cultura da Escócia e do resto do mundo ocidental. Nessie apareceu num episódio de Scooby-Doo e é um exemplo clássico de monstro. É ainda um dos motores da indústria de turismo da zona, atraindo ao Loch Ness inúmeros curiosos em busca da oportunidade de tirarem uma fotografia. No desenho Duelo Xiaolin o monstro do Lago Ness é prima de Dojo. E o Monstro do Lago Ness apareceu também em um episódio de Scooby Doo onde, por causa das olimpíadas escocesas, o monstro aparecia e aterrorizava a todos por causa do grande barulho das pessoas competindo, ele também aterrorizava um castelo que era da organizadora das olimpíadas. O monstro ainda foi parodiado no desenho Johnny Test como o "Monstro do lago Porkness". Nessie também foi parodiada no desenho Phineas e Ferb como o "Monstro do lago Naso". No desenho Kid vs. Kat Nessie é parodiada como o "Monstro do lago Coruja".

   Em Arquivo X no Episodio O Monstro do Lago um monstro marinho apareceu sendo responsável por várias mortes mesmo não sendo o Monstro do Lago Ness durante o episodio várias referências são feitas ao Monstro do Lago Ness. Em EarthBound na fase Winters e sem esquecer o filme Meu Monstro de Estimação, em Mega Man Star Force 2, há uma cidade chamada Loch Mess, onde segundo a lenda, vive uma criatura chamada Dossy (Messy), que na verdade é a forma de vida eletromagnética Brachio Wave (Plesio Surf).

   Em Top Gear de Super Nintendo, na pista "Loch Ness", um suposto Nessie aparece ao fundo do cenário num lago. Também é possível ver placas na beira da pista com a frase "Beware the Monster!" (Cuidado com o Monstro!).

   Carl Barks retratou Nessie na história O Mistério do Lago, Obras Completas de Carl Barks 33. Nesta história, o protagonista Donald decide fotografar o monstro no interior do lago Less (paródia para o lago Ness), mas é engolido pelo bicho. Em Tomb Raider The lost Artifact aparece o monstro, no qual Lara Croft precisa lutar.

   No jogo da Nintendo Super Mario 64, para o console Nintendo 64, uma criatura semelhante a Nessie aparece em uma das fases, porém é inofensiva.

   O Monstro também aparece no MMORPG on-line Perfect World, onde também é inofensivo, e no jogo Rayman 2, onde é retratado como uma criatura solitária e sem amigos.




domingo, 17 de janeiro de 2016

A origem da lenda dos vampiros

   Essa lenda é tão remota quanto a própria existência humana. A essência do vampiro como um monstro sugador de energia vital foi uma das primeiras manifestações culturais diante do desconhecido: as doenças. Nos primórdios, ninguém tinha esse conceito de "doença". O
corpo humano e sua complexidade eram absolutamente ignorados. Quando alguém começava a passar mal logo creditavam o fato a algo sobrenatural. Então surgiu a ideia de seres que se alimentavam da energia dos vivos, deixando-os naquele estado torpe até, talvez, levando à morte.

   Essa crença popular tem registro em culturas antiquíssimas como a mesopotâmica, a grega, a suméria, a babilônica, a asteca, a africana, a hebraica e muitas outras. Sendo o sangue o símbolo da vida, muitas acreditavam que os seres se alimentavam dele. Apesar da terem aparência variável nos mais diversos folclores, foi nos vilarejos da Europa central que eles começaram a se parecer mais com os vampiros de hoje. E serem documentados também. Espalhou-se por ali que os corpos de suicidas, excomungados ou não-batizados, quando a noite caía, levantavam do túmulo e voltavam para sugar o sangue de seus parentes (que se tornavam vampiros também) e depois voltavam para o cemitério na forma de morcegos. Isso gerou uma onda de pânico que resultou no assassinato de muitas pessoas por crer-se serem vampiras. Acontece que algumas das doenças que atacaram a Europa no séc XVIII, hoje conhecidas e desmestificadas, têm sintomas próximos aos relatos de vampirismo:

   Catalepsia: todos os sentidos vitais do corpo se tornam quase imperceptíveis e a pessoa, consciente, fica imóvel, sendo muito comum o diagnóstico de óbito. Porém, a pessoa desperta do estado após um tempo, podendo ser confundida com um morto-vivo.

   

Origens 

   A raiva ainda tem como característica ser transmitida por animais contaminados, o que pode ter creditado aos vampiros a capacidade de metamorfose. E, ainda por falta de conhecimento, eles se "certificavam" que a pessoa era um vampiro quando encontravam o corpo do cadáver com sangue fresco saindo pela boca. Hoje é sabido que, mesmo após a morte, a putrefação acaba expelindo o sangue. Além do agravante da raiva deixar o sangue liquefeito por um bom tempo após o óbito. E terras úmidas e frias (como as da Europa central) preservam melhor os cadáveres, mantendo-os mais tempo que o comum.

   Ainda há a crença judaico-cristã, que defende que o primeiro vampiro foi um personagem bíblico bem conhecido: Caim. Após matar o irmão e não se arrepender, ele teria sido amaldiçoado e se tornado o primeiro vampiro da história.

    O termo "vampiro", aliás, apareceu só no século XVIII na França, como "vampire", num documento que registra casos vampirísticos. A origem da palavra é muito questionada. Pode vir do russo upir, do húngaro vampir ou ainda do turco uber.

   Mas o ponto decisivo para a concepção do vampiro atual foi o famoso livro Drácula, de Bram Stoker, lançado em 1897. Inspirado no crudelíssimo príncipe Vlad Tepes Dracul, que governou a Valáquia (atual Romênia) na metade do século XV, o escritor misturou fatos históricos com várias crenças populares (tanto que, no livro, o vampiro vira lobo), aterrorizou gerações e perpetuou a imagem do vampiro nobre, sedutor e misterioso.

   As diversas manifestações que se seguiram foram creditando outras características ao monstro até ele virar o que é hoje: o personagem mais popular em livros, filmes, seriados e jogos. Sedutor, infantil, selvagem, cruel e até mesmo brilhante à luz do sol.

sábado, 16 de janeiro de 2016

BÍBLIA SATÂNICA


   É fato irrefutável que a maioria das religiões estabelecidas ao longo dos séculos plantem suas bases filosóficas nos chamados livros sagrados. Como exemplos diretos temos a Torá, o Alcorão e a Bíblia Sagrada, mas ainda podemos citar o Bhavagad-Gita (que é reverenciado por budistas, hindus e brâmanes) e o Livro de Mórmon (um dos quatro pilares da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que narra a comunicação de Deus com os "antigos" habitantes do continente americano).  Apesar de toda a diversidade religiosa presente nestas obras, em sua maioria, elas são como cartilhas de boa conduta e elevação espiritual  em lugar do enaltecimento dos gozos terrenos e carnais. Um dos últimos compêndios a entrar no rol de livros sagrados versa exatamente ao contrário deste fluxo "do bem" e da ética moral se sobrepondo ao mal e à imoralidade. Estou falando da Bíblia Satânica.

   Antes de adentrarmos ao conteúdo da bíblia negra, é importante entender alguns elementos deste mistificado segmento religioso. Primeiro, destrua todo aquele seu arquétipo formado por tantos filmes de terror assimilados em películas de baixo orçamento, onde satanistas realizam rituais de adoração e cometem crimes em sacrifício ao chefão do inferno que deseja a danação dos humanos. Segundo, tenha em mente que a filosofia satânica remonta ao antigo setianismo egípcio. A palavra Satan é derivada de Set, que era o princípio da consciência e inteligência cósmica isolada no ser humano e seus sacerdotes eram os eruditos do Egito antigo, sendo Set referenciado no Livro dos Mortos (livro sagrado do Antigo Egito) como o deus egípcio mais poderoso. Em terceiro lugar, a figura chifruda e com cascos de bode que associamos à imagem de Satanás provém do deus celta Pan, um celebrador dos prazeres, da virilidade e da fertilidade.

   Por fim, é importante dizer que as organizações satânicas começaram a aparecer apenas em meados do século XIX, com grupos seletos e que buscavam apenas os pequenos prazeres da carne, sem nenhum alicerce filosófico, sendo que, a manifestação intelectual mais importante se deu com Aleister Crowley e seu Livro da Lei (apesar de muito adeptos da Thelema não admitirem a associação ao satanismo). Foi na década de 60 que o satanismo se estruturou com a criação da Church Of Satan (Igreja de Satã) e de um de seus dissidentes veio o The Temple Of Set (O Templo de Set). As duas vertentes são as principais linhas de pensamento satânicas até os dias de hoje e dão os rumos principais do segmento no mundo. A diferença básica entre as duas correntes de pensamento é que a Church Of Satan prega o fim de todo ser após a morte, ou seja, não existe uma responsabilidade espiritual a ser julgada postmortem. Ainda existe uma outra corrente satânica que se baseia no lendário grimório do Necronomicon, que foi popularizado pelo escritor H. P. Lovecraft e que tem sua existência contestada até os dias de hoje.

OBS : Não falarei sobre Anton LaVey pois ja falei sobre ele em um dos posts anteriores 


Algumas Considerações


   Em nenhum momento no decorrer do texto, a intenção foi de incitar a prática do satanismo, cuja filosofia, em sua maioria, caminha na contra-mão do que acredito ser um comportamento de um ser humano de bem (leia-se "de bem" longe do conceito religioso da expressão). A única finalidade desta postagem é sanar uma curiosidade que pode muito bem não ser somente minha, mas, às vezes, não sanada pelo medo oriundo dos seus tão arraigados dogmas religiosos, sendo simplesmente uma mostra de que o medo vem do desconhecimento.  Mas precisamos admitir dois pontos que são difíceis de encarar. Primeiro, muito do que é listado como dogma satânico é praticado por pessoas que se dizem fiéis às suas bases religiosas, digamos, do lado claro da força. Segundo, ao contrário de muitas religiões com filosofias opostas, o satanismo mostrou evolução intelectual, atingindo alto grau de linguagem moderna, sem abusar de alegorias incrustadas de múltiplas interpretações. Por opinião final, digo que um livro desta espécie, que não enaltece nada de sadio ao ser humano, mais parecido com um manual involução ética (que necessariamente não precisa crer em Deus para atingir um saudável evolução como pessoa), não deve ser temido, mas rejeitado com algo nocivo ao bem da sociedade, ASSIM COMO QUALQUER FANATISMO RELIGIOSO QUE CERCEIA A CAPACIDADE CRÍTICA E INTELECTUAL DO SER HUMANO!


Curiosidades


Relações Satânicas:

   A cultura pop esta infestada de referências ao satanismo nas suas mais diversas áreas de abrangência. Talvez, a que mais tenha ganhado notoriedade seja a banda americana Eagles, cujo título da canção Hotel California seria uma referência à Church Of Satan de LaVey. Alguns fanáticos afirmam que girando o disco ao contrário podem ser ouvidas mensagens vindas do inferno - acabei de fazer o teste e não ouvi nada demais e o máximo que senti foi medo de estragar meu raro LP. Outro hit roqueiro, a canção Sympathy For The Devil  foi, oficialmente declarada por seus compositores, inspirada na figura de Anton LaVey.  Naqueles idos, no final da década se 60, a banda Coven tinha real ligação estreita com o autor da bíblia satânica e teria incluído um ritual satânico completo em uma de suas canções.

   A voz máxima que bradava a mensagem da Igreja de Satã nos dias modernos foi, sem dúvida, Marilyn Manson, o Superstar Anticristo. O roqueiro escreveu o prólogo da última publicação da LaVey em meados da década de 90 e, mesmo não sendo membro da igreja satanista, ele se tornou um reverendo da ordem. A maior controvérsia entre as duas partes seria o uso de drogas, defendido por Mason e rechaçado fortemente pelos iniciados da Church Of Satan.

   O mundo do heavy metal sempre foi cercado de muita mística satânica (principalmente em vertentes mais extremas) e uma das mais influentes bandas do estilo, o Mercyful Fate, se valeu diversas vezes deste artifício. Mas, ao contrário do que acontece com diversas outras bandas, seu vocalista, King Diamond, é um admirador de LaVey, tendo mantido correspondência durante anos com muitos membro da Church Of Satan. Muitas canções, nos diversos álbuns da banda, trazem versos carregados da temática satanista e Into The Coven, Come To The Sabbath e The Oath tem rais ligações com a bíblia de LaVey.


Belzebu

   Já falamos sobre Azazel em nosso blog. Hoje trago para vocês Belzebu, Príncipe dos Demônios.
   Apreciem a leitura.


   Beelzebuth deformação do nome de uma divindade filistéia ou cananéia
: Baal Zebub ou Baal Zebul ou vulgo Belzebu, Príncipe dos Demônios, Senhor das Moscas e da pestilência, Mestre da Ordem, é conhecido principalmente como O Terceiro dos Três.

   Tem essa nomeação por ser o terceiro demônio mais poderoso do inferno, curvando-se somente perante Lúcifer e o próprio Shaitan, de Tenebras.

   Baalzebub é uma entidade amalgamada de outras duas poderosas entidades conhecidas da mitologia Cananéia e Fenícia:

   Este que reunido com grandes magos da Antiguidade, derrotou Zebub numa batalha épica que, por ter expandido suas forças no cosmo, abriu um abismo que sugou os dois deuses e os uniu em um só, o então “belth-zebul”. 

   Seu espírito foi arremessado ao inferno e lá perdurou na “fossa”, até ser resgatado por Shaitan. Seu poder excedia o poder de Zebub e do próprio Baal.

   Proclamou-se senhor da cidade de Dite, antes governada por Orcus.
Belzebu é o tenente dos exércitos infernais, estando directamente sob a autoridade de   Lúcifer, o imperador do Inferno.

   Belzebu é famoso pelo seu titulo: «Senhor das Moscas»;

manda moscas arruinarem a colheita e o povo de Canaã prestava-lhe homenagem na forma de uma mosca. Figura aterrorizante, enorme, preto, inchado, chifrudo, cercado de fogos e com asas de morcego. Milton, no Paraíso Perdido, descreve-o como um rei autoritário, cuja face irradia sabedoria.

   Belzebu é o  demónio que por excelência,  proporciona os mais famosos e acertados oráculos.

   Dizem alguns Grimórios e estudos demonologistas, que Belzebu é uma das três entidades que constituem profana a trindade dos infernos, aquela que se opõem á santa trindade dos céus. 

   A profana trindade seria assim constituída por Lucifer, Astaroth e Belzebu.

   Reza a historia, que Belzebu foi o responsável pela famosa possessão demoníaca de uma freira de nome irmã «Madalena de Demandoix», no convento de Aix-en-Provece – França

   Belzebu certamente consumiria todo o Universo com sua fúria, sendo talvez isso o que tentou expressar quando falou através de Calígula a famosa frase:

“Queria que o povo tivesse uma só cabeça, para corta-la de um só golpe!”

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Anton LaVey

Anton LaVey


   Fundou a Igreja de Satã no ano de 1966 em San Francisco, Califórnia, EUA. Além de líder da primeira organização abertamente satânica da história, LaVey também trabalhou como músico, fotógrafo forense, e domador de feras em circos.

   Lavey deu inicio as atividades de sua igreja em 1966 depois de uma vida de múltiplas atividades como descrito acima, além disso, era faixa preta em judô. O relato “oficial” da razão pela qual ele concebeu a Igreja de Satanás, diz que havia se desiludido com o cristianismo. Via na igreja aos domingos os mesmos homens que no dia anterior tinha visto em shows de striptease, em boates onde tocava órgão.

   Depois de certo tempo atuando como fotógrafo policial, LaVey ficou "farto" de Deus por ver, em função do seu trabalho, tanta brutalidade e tantas mulheres e crianças mortas. Ele não podia compreender como Deus, supostamente o bom Deus dos Cristãos pudesse valer alguma coisa, já que permitia que todo esse mal acontecesse.

   A combinação inicial de um desprezível profissional dos prazeres da carne com sua genialidade incomum e sua condição de alguém que buscava a magia com seriedade é o que veio caracterizar em grande parte o desenvolvimento da Igreja de Satánas.

   LaVey começou com um grupo de estudos de magia negra, e desse grupo foi que se desenvolveu o núcleo central do inicio da Igreja de Satanás. Logo depois escreveu A Bíblia Satânica, não propriamente uma "revelação satânica", mas como sendo uma combinação bem montada de uma filosofia, um psicodrama e um detestável equívoco.

A bíblia satânica.

   Com a publicação dessa bíblia, a sua reputação e a membresia da sua igreja decolaram como a um rojão.


A uma certa altura ele fez o circuito das boates como uma apresentação intitulada "Anton LaVey e suas bruxas Topless". Comprou uma casa na rua Califórnia em San Francisco e a pintou de preto. Sua decoração foi feita com o que no mínimo seria considerado tenebroso ou de mau gosto. Mesas para café na forma de túmulos, múmias pelos cantos, um leão da Núbia, negro vivo adulto no porão.

   LaVey promoveu o primeiro batismo satânico do mundo aberto ao público, o de sua filha Zeena, que então tinha três anos de idade, diante de um altar com uma figura de nu feminino. Dirigiu também o primeiro funeral satânico, com todas as honras militares, no cemitério de Arington. Serviu ainda como assessor técnico do fime "O Bebê de Rosemary" e chegou mesmo a aparecer no filme fazendo o papel de diabo na cena em que Satanás violenta a heroína.

   E se deu muito bem com os manda-chuvas de Hollywood, o que em nada deve nos surpreender. Talvez possa ser surpresa para muitos o fato da linha "oficial" da Igreja de Satanás não acreditar na existência de Satanás. Pra LaVey Satanás seria apenas um "arquétipo", um símbolo do desejo de Prometeu, da humanidade, de roubar fogo dos deuses e reinarem, os seres humanos, como deuses e deusas sobre a terra, O Diabo não teria existência a não ser como metáfora para os livres desejos e potencialidades da humanidade.

   O valor de Satanás para o Dr LaVey, foi que invocando o nome dele com todo o simbolismo e tudo o que o Diabo lembra, ele podia causar um enorme impacto, psicológico e emocional. Antes de mais nada, podia amedrontar os "ingênuos", mas também podia usar Satanás como uma alavanca para afrouxar as "restrições de ordem moral" e as "prisões" daqueles que viessem até ele.

   LaVey percebeu que aqueles que o procuravam poderiam ser mais bem ajudados por meio da realização de um psicodrama ritual, em que fossem forçados a fazer coisas que consideravam repugnantes. Por exemplo, sua "prescrição" psíquica poderia incluir de imediato, levar um católico a se envolver com magia negra ou um judeu, num ritual de preconceito nazista.

   A destruição de qualquer coisa que pudesse ser considerada sagrada foi o que ele considerou como sendo essencial. Certa vez gracejou dizendo que a "magia negra" perfeita para a década de 60 cheia de filosofia hippie, seria usar de Maharisha Mahesh Yogi (Que fundou a MT meditação transcendental) de cabeça para baixo, fazer derreter um disco dos Beatles e jogar um quilo de maconha na privada dando descarga.

LaVey se viu não como um verdadeiro adorador do Diabo, mas como o mesmo disse:"VINGADOR DO DIABO" que é o mesmo título de sua biografia oficial. Ele defende não o Diabo, mas o que o Diabo representa. Fala contra as injustiças "difamações" em relação ao Diabo ao longo dos séculos. Assim uma análise mais criteriosa pode revelar que o sistema de crenças da Igreja de Satanás é constituído de conceitos bastante diversos

O Satanismo LaVeyano


   O Satanismo LaVeyano ou Satanismo de LaVey foi fundado em 1966 por Anton LaVey. Sua crença se baseia na ideia de que Satã é um arquétipo (e não um ser) positivo. Seus ensinamentos também são baseados no individualismo, na autoindulgência e na moral da lei de talião, com influências dos rituais e cerimônias do ocultista Aleister Crowley e dos filósofos Friedrich Nietzsche e Ayn Rand. Empregando a terminologia de Crowley, os praticantes definem o Satanismo como o "Caminho da Mão Esquerda", religiosa e filosoficamente, rejeitando o tradicional "Caminho da Mão Direita" de religiões como o Cristianismo por sua percepção da negação da vida e ênfase na culpa e na abstinência.

   LaVey procura mostrar, por meio da Bíblia Satânica, o Satanismo como uma adoração do próprio eu.

   Anton LaVey fundou a primeira e maior organização de suporte religioso, a Church of Satan (Igreja de Satã) em 1966, e escreveu as crenças e práticas satanistas publicadas sob o título de The Satanic Bible (A Bíblia Satânica) em 1969. De acordo com a Igreja de Satã, há muitos satanistas pelo mundo, incluindo membros e também não-membros. Ela rejeita a legitimidade de quaisquer outras organizações de satanistas, chamando-os de cristãos-reversos e pseudo-satanistas. Embora o número exato de membros nunca tenha sido divulgado, estima-se que o número esteja em torno das dezenas de milhares.















Quadro do Menino Chorando

 

    Talvez o Quadro do Menino Chorando seja um dos objetos ocultistas mais conhecidos ao redor do mundo, e essa “fama toda” não veio de graça.

   O quadro, apesar de ser uma bela obra de arte, está envolta em uma série de acontecimentos macabros e, no mínimo, misteriosos.Preza a lenda que o quadro seria o responsável por milhares de incêndios que ocorrem mundo afora, mas principalmente na Europa. Então, sem mais delongas, conheça agora a intrigante história do Quadro do Menino Chorando.


A história do Quadro


   Tudo começou com um pintor italiano chamado Giovanni Bragolin, que em meados de 1940 resolveu retratar seu filho chorando, em um quadro. Segundo ele, “a beleza está além da alegria”.
Infelizmente, não foi bem assim que o garotinho entendeu a reflexão artística do pintor e resolveu não colaborar com seu choro, para que o pai fizesse o quadro, um tanto quanto excêntrico para a época.

   Segundo a versão inglesa da história, para que o menino chorasse Giovanni ordenou que sua esposa segurasse alguns fósforos acessos, próximo ao menino. Pois ele sabia que seu filho temia (e muito) o fogo.

   O garoto passou algumas horas chorando, sem poder mover-se sob a ameaça que o fogo, apresentado por sua própria mãe, iria queimá-lo. O que, provavelmente, transtornou bastante o pobre menino.
Por fim, o quadro nasceu. Porém, isso não trouxe nada de bom para a família de Giovanni Bragolin: Apenas algumas semanas após o quadro estar finalizado, o garoto veio a falecer entre crises de pânico e manias de perseguição, provavelmente causadas pelo medo imposto pelos seus pais.

   Não muito tempo depois, o próprio Giovanni e esposa morreram dentro de casa, quando um misterioso incêndio acabou com a casa, a vida e boa parte do portfólio artístico do pintor. Foi então que o primeiro fato misterioso aconteceu, envolvendo o quadro: Apesar do forte incêndio, o quadro permanecia intacto, no meio das cinzas da casa completamente destruída.

   O quadro ganhou fama como “indestrutível” na Itália e logo foram feitas diversas cópias da obra arte, que percorreram toda a Europa. Principalmente embaladas pela constante migração pós-segunda guerra mundial.

Incêndios na Inglaterra


   Na Inglaterra (que ignorava a história original do quadro) ele se tornou um grande sucesso, sendo que a própria polícia local chegou a estimar que uma em cada 10 casas teria uma cópia do quadro em sua parede.

   Foi quando as coisas começaram a sair do controle. Diversos incêndios, sem nenhum motivo aparente, começaram a ocorrer por toda a Inglaterra, sendo que na maioria das vezes um dos poucos, quando não o único, objeto que resistia ao fogo era o quadro do menino chorando.

   O caso tornou-se tão banal, que um jornal inglês de rotatividade nacional publicou um extenso artigo onde era relacionado uma grande lista de casos onde residências foram completamente queimadas, tendo como objeto que resistiu ao fogo, uma cópia do quadro de Giovanni.Na época, a Inglaterra chegou a promover ações públicas para destruir os quadros por todo o país, sendo que a maioria dos comerciantes pararam de vende-lo, com medo de sofrer represálias da população que tremia ao ver a sinistra imagem do garoto.

   O caso foi tão sério que o quadro entrou para centenas de boletins de ocorrência da polícia inglesa, como a causa do incêndio. Sendo aceito como prova, até mesmo, por juízes das cortes ingleses mais baixas.Além disso, é valido contar que o ano de maior número de vendas do quadro foi também o ano em que ocorreram mais incêndios na história da Inglaterra. Chegando a contar cerca de 170 incêndios diários sem causas aparentes, em todo o país.


Para além de um quadro


   Ao longo do tempo, muitas variações do quadro foram criadas e copiadas por muitos outros pintores e, estas, circularam o mundo todo. Chegando a formar uma coleção de pinturas relacionadas ao quadro do Menino Chorando.

   Em algumas delas, segundo comerciantes, é possível ver um demônio devorando uma criança, quando virados de lado e – até mesmo – ver a imagem de um incêndio quando são girados, em uma determinada velocidade.

Tudo isso faz que a sequência de quadros do menino chorando, façam parte de um grande acervo de ocultismo. Qual o intuito da fabricação de tantos quadros como estes, não tem uma explicação.
Da mesma forma que a maioria dos pintores responsáveis por estas variações do quadro, nunca foram encontrados e – muito menos – se apresentam publicamente como autores da “obra de arte”.





quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Origem do Exorcismo


Exorcismo


   Os termos exorcismo, esconjuração ou esconjuro (em grego: exorkismos, "ato de fazer jurar", em latim: exorcismu) designam o ritual executado por uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demónios) de outra pessoa que está num estado de possessão demoníaca. Pode também designar o ato de expulsar demônios por intermédio de rezas e esconjuros (imprecações). No cristianismo, o Evangelho, relata frequentemente episódios em que Jesus Cristo expulsa o demónio de pessoas possuídas, tendo esse poder sido transmitido aos seus apóstolos, no dia da Ascensão.  No entanto, a prática ou práticas semelhantes são bastante antigas e fazem parte do sistema de crença de muitas culturas e religiões.


Catolicismo O Exorcismo Maior



   É um ritual litúrgico em que a Igreja Católica pede, com a autoridade de Jesus Cristo, a libertação ou proteção de alguém ou algo contra a ação do maligno, do Demónio. Este Sacramental só pode ser realizado por uma Padre nomeado para tal pelo Bispo, o Exorcista.

   Trata-se de uma ação constituída de palavras e gestos (imposição das mãos, sinal da cruz, aspersão de água benta), pela qual a Igreja Católica, liberta e protege do mal em nome de Deus. Não se trata de um sacramento, mas de um sacramental, aplicado a pessoas ou coisas, transmitindo o poder e a vitória pascal de Jesus, libertando-as da influência das força demoníacas.

   Tendo em conta a grande variedade de doenças e distúrbios de ordem psíquica que podem numa primeira fase ser confundidos com uma possessão, o acompanhamento e discernimento sobre a real da condição da pessoa é uma responsabilidade enorme do Padre Exorcista que deve avaliar o caso se necessário com ajuda de profissionais da Psiquiatria. Sinais que podem comprovar uma possessão demoníaca, como listados no Ritual dos Exorcismos são: "dizer muitas palavras de língua desconhecida ou entender quem assim fala; revelar coisas distantes e ocultas; manifestar forças acima da sua idade ou condição natural. Estes sinais podem fornecer algum indício. Como, porém, os sinais deste género não são necessariamente atribuíveis à intervenção do diabo, convém atender também a outros, sobretudo de ordem moral e espiritual, que manifestam de outro modo a intervenção diabólica, como p. ex. a aversão veemente a Deus, ao Santíssimo Nome de Jesus, à Bem-aventurada Virgem Maria e aos Santos, à Igreja, à palavra de Deus, a objectos e ritos, especialmente sacramentais, e às imagens sagradas. Finalmente, por vezes é preciso ponderar bem a relação de todos os sinais com a fé e o combate espiritual na vida cristã, porque o Maligno é principalmente inimigo de Deus e de tudo o que relaciona os fiéis com a acção salvífica.


Pentecostalismo e neopentecostalismo



   Nos movimentos cristãos pentecostal e neo-pentecostal, bem como nos movimentos de renovação carismática, há também um grande número de relatos de casos de exorcismo. Contrariamente ao ritual católico, não há uma liturgia rígida, embora seja considerado que não deva ser qualquer crente, que, embora tendo aceitado e confessado previamente Jesus como senhor e salvador, se pode tornar um exorcista, uma vez que, segundo a interpretação do Novo Testamento da Bíblia, Jesus deu autoridade apenas aos apóstolos para dominarem os espíritos imundos. Consideram-se os sacerdotes (presbíteros, pastores, bispos, etc.) como os apóstolos da atualidade. Mar 16:17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Sendo todo crente em Cristo Jesus capaz e autorizado por Cristo a expulsar Demônios.

   A fórmula utilizada nas igrejas evangélicas é simples, baseando-se na utilização de "O nome de Jesus". A pessoa que apresenta sintomas de possessão ou infestação por demónios ou espíritos imundos ficaria libertada após a imposição de mãos e declaração verbal por parte do pastor ou autoridade equivalente na igreja, para que as entidades estranhas à pessoa se retirem.

   Atualmente, algumas denominações evangélicas defendem e praticam o exorcismo, de entre as, a Igreja Universal do Reino de Deus, com práticas consideradas não tão ortodoxas, como o "corredor de sal", a Igreja Pentecostal Deus é Amor, a Igreja Maná, a Igreja Renascer em Cristo entre outras.


Visão científica



   A possessão demoníaca não é um diagnóstico psiquiátrico ou médico válido e reconhecido pelo DSM-IV e CID-10. Aqueles que professam a crença em possessões demoníacas por vezes descrevem sintomas que são comuns a várias doenças mentais, como histeria, mania, psicose, síndrome de Tourette, epilepsia, esquizofrenia ou transtorno dissociativo de identidade.

   Em casos de transtorno dissociativo de identidade em que a personalidade é questionada quanto à sua identidade, 29% são relatados como possessões de demônios. Além disso, há uma forma de monomania denominada "demoniomania" ou "demonopatia" em que o paciente acredita que está possuído por um ou mais demônios.

   A alegação de que o exorcismo funciona em pessoas com sintomas de possessão é atribuída por alguns ao efeito placebo e ao poder da sugestão. O psiquiatra M. Scott Peck pesquisou exorcismos e alegou ter realizado dois rituais do tipo em si mesmo. Ele concluiu que o conceito cristão de posse foi um verdadeiro fenômeno. Ele derivou critérios diagnósticos pouco diferentes dos utilizados pela Igreja Católica Romana. Ele também afirmou ter visto as diferenças nos processos de exorcismo e de progressão. Depois de suas experiências e na tentativa de validar a sua pesquisa, ele tentou, sem sucesso, convencer a comunidade psiquiátrica para adicionar a definição de "Evil" para o DSM-IV.

   Embora os trabalhos anteriores ao de Peck tenham recebido aceitação popular generalizada, sua pesquisa sobre os temas do mal e possessões gerou um forte debate. Muito foi feito em tentar associar a imagem de Peck ao do polêmico Malachi Martin, um padre católico romano e um ex-jesuíta, apesar do fato de Peck tê-lo chamado de "mentiroso" e "manipulador".

   Outras críticas levantadas contra Peck incluem diagnósticos errôneos baseados na falta de conhecimento sobre o transtorno dissociativo de identidade (anteriormente conhecido como distúrbio de personalidade múltipla) e afirmações de que ele havia transgredido os limites da ética profissional, ao tentar persuadir seus pacientes a aceitar o cristianismo.



A Flor do Cemiterio



   Diz a lenda que há um tempo atrás, numa pequena cidadezinha do interior de São Paulo, morava uma família de sobrenome Prado. Essa família era composta por quatro integrantes: Mauro, o pai, Nádia, a mãe, Marcelo, o filho mais novo e Carol, a filha mais velha e protagonista desta história. Carol era muito estudiosa e uma ótima filha, ao longo dos seus 15 anos de vida, nunca decepcionou seus pais e sempre foi uma garota exemplar. No final do ano letivo do Fundamental II, durante a festa de formatura da 8ª série, Carol foi homenageada por ser a melhor aluna da classe. Seus pais ficaram muito contentes com o resultado e têm muito orgulho da filha. Todos queriam descobrir qual era o segredo de Carol para ir tão bem nas provas.  Porém, ninguém sabia como e onde Carol estudava.


   O seu segredo, mais que particular e estranho, era estudar no cemitério. Ao final das aulas, passando despercebida, Carol se dirigia ao Cemitério Boas Almas que ficava perto da escola onde estudava e ali passava a tarde inteira relembrando e revisando o conteúdo aprendido no dia.
Foi então que em uma dessas idas ao cemitério, Carol encontrou uma flor muito bela e cheirosa deitada em um túmulo sem nome e sem recordações. Espantada com tamanha beleza e perfume vindo daquele pequeno broto, Carol decidiu terminar os estudos por ali e levar a flor para casa. O que a jovem garota não sabia é que aquele simples ato de retirar a flor do túmulo e levá-la para casa seria decisivo para o futuro de sua vida.

   Ao chegar em casa, Carol fez um lanchinho da tarde, tomou um banho e foi assistir a uma boa novela com seus pais, como fazia todos os dias. De repente, o telefone, acomodado em cima de um móvel encostado na parede da sala, tocou. Carol levantou-se do sofá e foi atender. Para sua surpresa, uma voz esquisita e tenebrosa dizia repentinamente a seguinte frase: "Devolva a minha flor... devolva a minha flor.. devolva!". De imediato, Carol não levou em consideração a tal ligação. Apenas perguntou quem estava falando, mas não foi respondida. Voltou para assistir a novela. Após alguns minutos, o telefone tocou de novo. Carol levantou-se novamente e dirigiu-se ao telefone. Para sua surpresa, novamente a mesma voz falava ao seu ouvido "Devolva a minha flor... devolva!". Carol já impaciente com a situação e imaginando ser apenas um trote, desligou o telefone. Durante o resto da noite daquele dia, Carol foi interceptada com inúmeros telefonemas da mesma voz. Resolveu comunicar os pais sobre o ocorrido. O pai Mauro não acreditou. Simplesmente deu uma bronca na filha por persistir com os estudos no cemitério. A mãe Nádia acalmou a filha e a fez esquecer. Infelizmente, as perturbações não haviam parado por aí. Enquanto Carol dormia, teve um pesadelo terrível lembrando da flor do cemitério e da voz ao telefone.
No outro dia, chegando à escola, Carol perguntou para Nayara, sua melhor amiga, se havia sido ela a autora dos telefonemas da noite anterior. Mas para tristeza de Carol, Nayara negou a afirmação para o desespero da nossa amiga estudiosa.

   Os telefonemas não paravam. Era Carol pisar em casa que o telefone começava a tocar. A situação era alarmante. Carol não mais comia, não conversava, não saía. Ficava o tempo inteiro deitada na cama, ociosa, e temendo um próximo telefonema. Seus pais, percebendo que a ocasião realmente era verdadeira, decidiram tomar algumas providências. Pediram para Carol devolver a rosa ao cemitério, mas ela a havia perdido. Foi então que Mauro foi até a delegacia conversar com o delegado sobre o caso. Enquanto Carol e sua mãe foram ao seu cemitério entregar um buquê de flores ao túmulo que tinha a rosa anteriormente para tentar cessar as perturbações.

   Nada disso adiantou. Carol estava cada vez mais desesperada e transtornada. As olheiras já faziam parte do seu rosto por causa da insônia que tinha todos os dias. A garota, que antes era exemplar e estudiosa, agora era outra pessoa. Uma pessoa triste, muitas vezes muda e infeliz. Seus pais resolveram trazer um médico para avaliá-la e possivelmente "curar" Carol desse acontecimento. E os telefonemas não paravam.

   Depois de alguns dias, o telefone tocou. Nádia foi atender. Era o Doutor que havia examinado Carol. Perguntou se tudo estava de acordo e se os telefonemas haviam parado. Nádia respondeu que sim, os telefonemas tinham cessado após a saída de Carol da casa da família.

   Até hoje, Carol não voltou para casa. Encontra-se neste momento num quarto fechado, deitada numa cama branca e com um telefone ao lado, caso toque e ela possa atender. Carol até hoje não voltou do hospício.