Quanto mais anoitecia, mai eu sentia que estávamos sendo seguidos, cada vez por mais pessoas, ou criaturas, não sabia, até que chegou ao ponto que estávamos cercados. Apenas nós dois contra uma horda de demônios. Percebi que entre eles, havia uma aura familiar, uma que já havia sentido antes...
Ele.
Virei-me e confirmei meu temor.. Meu pai estava ali, pronto para nos atacar. Antes, ele queria conversar:
- Vejo que descobriu a verdade, não?
- Não serei mais uma marionete sua para destruir os anjos.
- Por que se voltou contra mim? Por causa dela? - apontando para Aline.
- Por ela, e porque você mentiu para mim, só queria me usar.
- Não menti, apenas omiti a verdade. Não me entende? Fui banido de lá por causa de sua mãe, e agora quero voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Não tem pena de mim?
- Nem um pouco.
- Entendo. Que pena. Então vocês dois morrerão aqui, sozinhos.
- Morrer, até podemos. Mas sozinhos, jamais.
Fiz o que Gabriela me disse caso estivesse em perigo: jogue um sinal de luz no céu, que a ajuda virá até você.
- Atacar! - ordenou Paulo.
Havia centenas de demónios vindo na nossa direção. Deveríamos nos manter vivos até que a ajuda chegasse. Aline criou um escudo protetor em nossa volta e eu comecei a atacar aqueles demónios.
Com minha espada, fui matando um a um, mas eram muitos, até mesmo pra mim. O escudo se desfez, pois Aline não tinha mais forças para mantê-lo. Com isso, vários demónios foram para cima dela.
- Não! - gritei.
Fui até onde ela estava sendo atacada e matei os demónios que a atacavam, mas não antes deles deixarem-a muito ferida e inconsciente.
- Parem! - ordenou Paulo, pensando que ela morrera - E agora, meu filho? Sua amada está morta.
Esse é o preço da sua traição.
- Você não merece viver. Eu vou te matar!
No mesmo instante, via-se dezenas de anjos chegando. Vendo que perderia a batalha, Paulo disse, antes de fugir:
- À meia-noite, abrirei um portal para meu castelo. Se quiser terminar essa batalha, entre nele.
Quando os anjos chegaram até nós, eles já tinham ido embora. Pedi para que um dos anjos levasse
Aline até minha casa e lá ficasse, cuidando dela. Ele entendeu e a levou. Aos outros, ordenei que chamassem todos os anjos ao lugar que estávamos, pois seria hoje que terminaríamos a guerra. Irei me vingar por você, Aline...
" A maior ira que uma pessoa pode sentir é quando machucam alguém que você ama, pois você não descansará até fazer o outro sofrer toda a dor que causou. "
Continua...
Fonte: http://art-terror.blogspot.com.br/
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