Um Rito de Sexualidade Negra
*ADVERTÊNCIA*

Materiais

– Velas pretas e/ou púrpuras
– Incenso de almíscar
– Um cálice de prata
– Um chicote (tipo “cat-o-nine-tails”)
– Capa preta, preferivelmente de setim (para o/a Operador Principal)
– Vinho tinto
– Um bisturi (esterilizado) ou x-acto faca (para drenar sangue)
– Um sistema de playback razoavelmente bom, e uma nefasta e sensual seleção musical.
(Diamanda Galas, “Deliver Me From My Enemies” ou This Mortal Coil, “Filigree and Shadow” são excelentes escolhas, mas isto é deixado para os participantes).
Preparação

As aplicações deste rito variam consideravelmente. Desde de que é uma combinação de trabalho Lunar/Saturnino, pode ser aproximado como um ritual dividido de sexo e morte – assim como a invocação de Carroll Thanateros do Liber Kaos.
Como apresentado aqui, é um ritual de liberação e também é usado para trazer adiante uma Palavra de Poder [Word Of Power] da egrégora [egregore] para uso subseqüente dos participantes; conseqüentemente a Indicação da Intenção [Statement of Intent] reflete esta intenção.
A indicação deve ser talhada para expressar propriamente as intenções de um trabalho particular.
O Ritual

1-O Banimento [pode se feito] por LBRP, GPR, Vortex ou outro procedimento, a escolha.
2-A operadora principal [Main Operator], despida por baixo da veste preta, toma posição no centro do círculo. Ela segura o açoite em sua mão direita. Outros participantes sentam em um círculo em torno da M.O. A música começa.
3-A Indicação (ver advertência) do Intento é declarado pelo M.O. e ecoada por todos os participantes: “É nossa vontade invocar a egrégora de Lilith, de modo que através de seu espírito nós experimentemos o poder do Sexo e Morte e obtenhamos sua Palavra de Poder!”
A seguinte passagem (veja notas) é recitada pelo M.O. para invocar a identidade de Lilith para ocupar seu corpo e mente: “Eu sou a filha da Força [Fortitude] e violo cada hora de minha juventude.
Para contemplação, Eu sou Entendimento, e a ciência habita em mim; os celestes me oprimem. Eles cobiçam e desejam-me com infinito apetite; nenhum dos que são terrenos tem me abraçado, porque Eu estou sombreada com o Círculo das Estrelas, e coberta com as nuvens da manhã. Meus pés são mais rápidos que os ventos, e minhas mãos são mais doces do que o orvalho da manhã. Minhas vestes são do princípio, e meu lugar de descanso está em mim mesma. O Leão não sabe onde eu ando, nem as bestas do campo compreende-me.
Eu sou deflorada, mas virgem;
Eu santifico e não sou santificada.
Feliz é aquele que me abraça: para à noite Sou doce, e de dia prazer total.

Purguem suas estradas, Vocês, filhos dos homens, e lavem suas casas limpas; façam-se santos, e ponham-se na rectidão. Expulsem suas velhas prostitutas, e queimem suas roupas e então eu irei, trarei crianças diante de ti e eles serão os Filhos do Conforto no Tempo do porvir.”
Então os participantes começam a cantar o mantra de Lilith. Enquanto eles cantam, a Operadora Principal deve cair em um profundo transe gnóstico e invocar o espírito de Lilith em seu corpo. “Carne ela comerá, sangue ela beberá!” (repita)
Enquanto o cântico continua, um participante (o Segundo Operador) recita o seguinte: “Negra ela é, mas brilhante! Negras são suas asas, preto sobre preto! Seus lábios são vermelhos como a rosa, beijando todo o Universo! Ela é Lilith, que elevou as hordas do abismo, e levou homens à ruína! Ela é a irresistível realizadora de toda luxúria, profeta do desejo. A primeira de todas as mulheres foi ela – Lilith, Eva não foi a primeira! Suas mãos trazem a revolução da Vontade e a verdadeira liberdade da mente!
Ela é KI-SI-KIL-LIL-LA-KE, Rainha do Círculo Mágico! Olhe dentro dela a luxúria e o desespero!”
Os participantes começam o cântico “Lilith! Lilith! Lilith!” repetidamente até o M.O. invocar a egrégora de Lilith [Lilithian egregore]. Um por um eles passam em torno do bisturi e cortam seu polegar esquerdo e marcam suas testas com sangue. Então eles em torno do cálice (que é enchido com o vinho vermelho) e tocam suas testas um por um. Depois que todos fizerem assim, ele é tomado pelo M.O. que o drena num único trago. Este é o clímax da invocação.
Se a invocação tiver sucesso, todos os participantes sentirão simultaneamente emoções de medo, luxúria e o impulso de submissão. Força, sobressalto ou outra variação de Postura de Morte devem ser usadas para aprofundar o nível de gnose de cada participante até que estejam a ponto de desmaiar. Assim que tiverem superado suas emoções, eles devem cair à terra e prostrarem-se ante Lilith.
O que prossegue em seguida não é especifico, mas deixe sobrepor-se a vontade da egrégora. Ela pode escolher açoitar os participantes, caçoar deles, atenta-los ou seduzi-los. Ela pode forçá-los a cometer vários indescritíveis actos de luxúria sobre ela ou qualquer outro. Todos os participantes devem submeter-se à vontade dela, o que quer que seja, pode ser – seria extremamente perigoso fazer de outra forma; não arrisque a fúria de Lilith!
Eventualmente a energia do grupo começará a diminuir. Neste ponto, o S.O. (alertado pelo guardião, se necessário) irá levantar e defrontar-se com a M.O. e recitar o seguinte em uma voz de comando:
“Lua Negra, Lilith, irmã nigérrima,

Cujas mãos formam a lama infernal,
Na minha fraqueza, na minha força,
Moldando-me como a argila no fogo.
Lua Negra, Lilith, Égua da Noite,
Você lançou sua desgraça à terra
Proferiu o nome e saiu voando
Profira agora o som secreto!”
A M.O. nas profundidades do transe de Lilith [Lilith-trance], chamará um nome, assim como a Lilith lendária chamou o inalterável nome de Deus para levantar [vôo] sobre o Éden nos céus. Não se sabe antecipadamente o que esta palavra será, mas será mais certamente uma Palavra de Poder para ser usada posteriormente pelos participantes em trabalhos mágicos posteriores.
Se tudo for feito corretamente, o espírito de Lilith sairá da M.O. à pronuncia do Nome, e a vontade dele(la) provavelmente cairá à terra, esgotada. O guardião ou o S.O. devem então desenhar um pentagrama erecto sobre a M.O., uma generosa lustração facial de água fria será administrada por ele, e ele/ela é chamado por seu nome ordinário até que ele/ela responda.
O templo é banido e fechado.
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